Os descaminhos da melancolia VIII O escritor moçambicano Mia Couto, para mim uma das vozes mais ecoantes do atual contexto literário da língua portuguesa costuma dizer que o tempo é um rio. Figura de linguagem, ou não, seguimos arrastados por esse leito que cisma de correr para o mar. Então, dezesseis de agosto pela manhã e eu fui ao encontro do romancista Leonardo de Magalhaens. O local era o parque ecológico palco de outros momentos em que tratávamos de assuntos literários para variar. De ali fomos ao almoço rápido. Eu pedi um mexidão e ele um tropeiro acompanhado de suco de latinha. Quem está a ler há de se questionar em que essa descrição de cardápio pode tornar esse texto mais interessante e diferente de um diário juvenil e perfeitamente descartável. Bem, não sei. Sei que falamos de poemas, egos literários, personalidades infantilizadas (dessas que nós, escribas ou não, costumamos padecer), ausência de profissionalismo quando ele se faz necessário no meio cultural, gente que combi
Postagens Pessoais Plurais, divulgação de criações literárias, conteúdo cultural diversificado e anúncios de marketing no blog do autor Lecy Sousa.