quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Pão e Poesia na Veja BH

No dia 11 de Dezembro, a Revista Veja BH (impressa e eletrônica) publicou esse pequeno texto (abaixo) acerca do Projeto Pão e Poesia. A chamada foi "Belo Horizontino nota dez" para o criador do Projeto, o poeta de Contagem: Diovani Mendonça. Quem acompanha o P e P sabe que a missão poética segue para além além de mídias e ilhas políticas. Obrigado VEJA BH! Obrigado também aos nosso caros amigos que curtem o projeto. Conheça e curta a comunidade do Pão e Poesia Oficial
 


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O livro Trilogia do Poema Bruto na Bookess




 Para ler o texto virtual na íntegra, basta clicar na capa acima.
Se desejar adquirir o livro físico basta acessar o o site e seguir o procedimento  solicitado. Veja o link:

http://www.bookess.com/read/15987-trilogia-do-poema-bruto/

sexta-feira, 5 de julho de 2013

I - lúdico

I-lúdico - Lecy Pereira Sousa

sexta-feira, 28 de junho de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

O olho da rua

Lecy Pereira Sousa

Há poucos dias ouvi sem querer, numa conversa de rua, dois jovens falando como alguns torcedores são mal informados e são capazes de matar torcedores rivais por causa do seu time "do coração". Um dos rapazes disse que um craque do time A fez aniversário e, simplesmente, 8 jogadores do time B estavam na festa de aniversário do craque do time A rindo, se divertindo e pegando muita mulher (foi assim que eu ouvi). Enquanto torcedores "pagam" qualquer mico para ver seus ídolos e são capazes de tirar a vida de outros que não vestem a mesma camisa.


Na política, eu cansei de ouvir histórias comprovadas de líderes políticos de oposição e de situação que fazem churrasco todo fim de semana, cheiram cocaína juntos, riem dos militantes que carregam bandeirinhas na rua juntos e, pasmem, até fazem sexo juntinhos (existe sexo verbal também). Porém, quando vão para a televisão, o lado teatral entra em ação e eles invocam todos os mentores políticos de direita, esquerda, centro e de esquina. Enquanto o militante de bandeirinha, aquele que tem uma vaga noção do que seja, de fato, o poder é capaz de derramar seu sangue, derramar o sangue alheio em nome da "ideologia partidária" e ambos não serão atendidos no Hospital Sírio Libanês. Quantos militantes partidários (os que vão ás ruas) têm atendimento médico de qualidade??? Será que os líderes partidários vão ao SUS quando estão doentes??? Mas a utopia é lutar para isso num futuro distante e não agora quando as pessoas realmente precisam.

Longe de mim ser contra as correntes filosóficas. O cidadão precisa de todas elas para formar seu pensamento político. Eu, por exemplo, leio de tudo, mas precisamos ter um eixo que não se deixa levar pela paixão cega em favor de ideologias partidárias que são naturalmente utópicas (boas ações em favor de muitos são feitas por partidos diferentes e por gente que nunca participou de partido algum), uma vez que o poder corrompe (e não se trata de uma frase de efeito). Há também pessoas que sempre foram coerentes com seus ideais partidários e respeitam o que destoa disso.

Uma coisa precisamos considerar: é legítimo o cidadão ir às ruas com ou sem bandeirinha. Os "bandidos" acabam sendo identificados. Nos tempos atuais não é uma televisão que manda no pensamento alheio. Isso tem preocupado os atores e atrizes da política.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O poeta cubano Félix Contreras fará palestra em Contagem


UMA

domingo, 14 de abril de 2013

A dor do amor

O Projeto "Leitura para todos" é uma iniciativa da UFMG que disponibiliza textos de autores diversos em linhas de ônibus urbanos.

Posso dizer que tive o privilégio de ver alguns dos meus escritos circulando pela cidade. Considero fantástica essa ideia de literatura em transito e em transe.

Bom seria se mais cidades copiassem essa ideia. Leitura para todos.


Conheça outros trabalhos desse autor:

http://www.otempo.com.br/o-tempo-contagem/escritor-de-contagem-lan%C3%A7a-trabalho-em-e-book-1.1031263

http://revolucaoebook.com.br/produto/o-azul-em-movimento-outros-sentidos-isbn-9781942159902/

http://www.bookess.com/read/15987-trilogia-do-poema-bruto/



sábado, 13 de abril de 2013

Trilogia do Poema Bruto de Lecy Pereira na editora Bookess

"...Ser picture in picture
Viagem ao sabor da náusea
Submersos permanecemos
No mar vermelho dos nossos impulsos
No mar de lama dos nossos insultos
Nas ondas revoltas das ressacas
Ondas espumantes verde oliva
Esses versos que nunca se encaixam..."




Para comprar esse livro e recebê-lo em casa clique:
http://www.bookess.com/read/15987-trilogia-do-poema-bruto/



terça-feira, 9 de abril de 2013

O autor está nu em Arroubos e Rompantes

O autor está nu

Por fim, posto que não poderia ser por inicio, acabei de ler o meticuloso "Primeiros Versos - Uma Academia" do duque das letras de Contagem (a alcunha é de minha invenção), Vinícius Fernandes Cardoso.

Nada me tira da cabeça que o referido autor seja uma espécie de reencarnação de um membro de família nobre e com brasão a desfrutar do bem querer na Corte Portuguesa  nos idos ( e botem idos nisso) do Século XV.

Enquanto escrevo ressalto que estou assentado em uma cadeira com rodinhas e assento estofado, no estilo superintendente e beberico uma taça de vinho Pérgola que descansa sobre uma mesa de granito que suporta meu notebook ligado e baixando um e-book via torrent - nada mais politicamente incorreto. Eu, mesmo, estou usando uma caneta esferográfica e um pequeno caderno espiralado. Vá entender.

Descontando a ação estimulante da bebida industrializada procuro rememorar o que li. E, ainda, que o autor fique cheio de brejeirices desnecessárias, no afã de justificar, o tempo todo, o teor daquilo que será lido sabe-se lá por quais olhos interessados (os meus, por exemplo), procuro avaliar (palavra cretina) sem qualquer ressalva o resultado bruto desse formato. Fato é que eu tive contato com alguns dos textos em outros momentos e de forma esparsa. Sequer naqueles momentos censurei o autor.

A mim pouco importa se são versos de principiante ou veterano. Busco essência naquilo que leio. Um tipo de essência que extrapola o vade mecum acadêmico como sói acontecer ou por similitude. Não que exista nessa postura sinais de uma rebeldia romântica ou desprezo pelas "normas" seculares.

O grande "problema" da literatura é o de o (a) leitor (a) tomar aquilo que lê por verdade absoluta, sem qualquer possibilidade de abstração, ainda que ela esteja a olhos vistos. Nesse caso, o (a) autor (a) é um (a) miserável, considerando que ele (ela) redige tudo ao seu bel prazer. O Brasil foi, primeiramente, descrito por Pero Vaz de Caminha que bem poderia ter redigido um diário de bordo retratando o aspecto humanista de tão pitoresca frota, mas ateve-se aos autos. Então, estamos diante de um problema insolúvel? Nem tanto. Insolúvel, de fato, é a pouca vergonha na "cara" de quem "heroicamente" (por favor, não me condene à forca pelo excesso de aspas) se propõe a escrever. Veja o que os hebreus fizeram com a humanidade (que Deus se apiede da minha pobre alma) sob premissas verdadeiras. Mais adiante no tempo vimos o que um homem eivado de loucura fez com o povo judeu, sob falsas premissas. E hoje há quem tenha a desfaçatez de afirmar, em público, que o fato último não passa de ficção (algo sobre o que há farta documentação escrita e algumas imagéticas, além das sepulturas coletivas). Daí o abacaxi acaba ficando para os leitores que precisam usar de abstração, um recurso tão escasso no "pobre"  Século Vinte e Um, salvos os amantes do gênero fantasia (esses sabem o que significa viajar pelas palavras).

Retornemos ao autor que é um "pobre coitado" e saberá usar de abstração ao ler essa minha afirmação entre aspas. Eu que também escrevo e padeço dos mesmos adjetivos.

Na maioria dos poemas desse livro ouso escrever que o eu lírico não é contemporâneo, se por contemporâneo entendemos o que acontece no hiato que vai do nosso surgimento ao nosso desaparecimento biológico. Se, como o poeta afirma, tais versos são imaturos, a mim soam como uma imaturidade arquitetada. Aqui lemos poemas que mais se assemelham a sonetos que fogem a regra obrigatória. Pode isso assemelhar-se a uma anarquia, considerando o advento (kkkkk) da Semana de Arte Moderna (ou a legitimação da panela aristocrática paulistana de antanho). Os versos de Vinícius Fernandes Cardoso perpassam uma melancolia ácida (o que seria uma cor local típica dos poetas da época da peste- viver quarenta anos, então, era um milagre rejubilante), um "negócio" entre o estoico e o cínico no sentido primeiro desta palavra. Ao mesmo tempo estamos diante do eu lírico da corte que nos empresta seu olhar diplomático e humanístico que, ora nos esbofeteia com luva de pelica rosa, ora nos acaricia com luva de agulhas.

Acredito que o próprio poeta afirmar que seus poemas são ruins soa pretensioso. Também afirmar que os maus poemas são os mais sinceros é opinião de foro íntimo - nesse caso refiro-me à citação usada pelo poeta. Uma tentativa piegas de desestabilizar os leitores. Considere a possibilidade de quem ler andar poderosamente armado e pronto para receber as terceiras intenções do poeta. Alguns editores e escritores teimam em tratar leitores em geral como seres descompensados incapazes de alcançarem o reino de ambrosia onde residem os "pobres coitados". Didatismo excessivo emana ranço acadêmico que é sempre bonitinho e aprazível entre pares, mas dispensável entre leitores de todas as paragens. Nem, por isso, é menos autêntica uma manifestação literária. Deficiência autoral, quem não as tem?

Voltemos aos poemas juvenis de Vinícius Fernandes Cardoso, que nos premia com determinados versos  e estrofes de difícil esquecimento. A saber: "Talvez foi de tanto buscar longe,/reis, safiras, impérios e rubis,/que não percebi demente,/que minhas joias estavam aqui." Nota-se também o impacto em "...e assim vamos adiando a maior luta: a interior,/até que chegue a maior fuga: a morte."

Somos pegos também em versos existencialistas: "Sou o rancor de uma noite morta?/Sou o desespero da rejeição impiedosa?/Sou a fome dos momentos que me negam?/Sou o deus derrotado do meu mundo?"

Mais adiante o autor rompe com o suposto formalismo e joga-se em "Anti-palavra, contracultura", “Ode à Distração” e “Odisséia Imaginária...” - o livro seguiu a ortografia antiga-, entre outros rompantes”. Vale lembrar que tais poemas requerem dissertações mais específicas.

Como aqui fui convidado a fazer um prefácio e não um ensaio, eu deixo aos leitores todas e quaisquer impressões acerca desse livro onde o autor se despe, mas adverte sabiamente, caso alguém queira fechar os olhos antes ou cobri-los com a mão deixando um espaço entre os dedos.

Senhoras e senhores, o poeta está nu!



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domingo, 17 de março de 2013

O caldeirão do paraíso


Bem sabemos que o Brasil é um país curiosamente sincrético. Aqui, as religiões se namoram numa espécie de orgia santa em que os fiéis temem mais os pregadores do que o real motivo da fé.
É também curiosa a sede que líderes "religiosos" têm por cargos políticos, o que representa uma completa promiscuidade das denominações Estado e Igreja. Houve um tempo em que essa separação parecia fazer sentido, mas os novos tempos esculhambaram com essa postura e hoje o governo loteia seus cargos com supostos líderes religiosos porque eles  podem obrigar seus fiéis a votarem em A ou B alegando ser uma determinação do espírito santo (com minúsculas mesmo).
A pergunta é: qual será o resultado disso? A julgar pela última "escolha" para presidir a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, o Brasil ruma para uma guerra político-religiosa em que fiéis antes ecumênicos e pacíficos tendem a partir para agressões inicialmente verbais e depois físicas usando as preferências religiosas como escudo.
Mas não nos enganemos. O povo brasileiro não parte para as vias de fato por livre e espontânea vontade ou porque é plenamente consciente dos seus direitos e deveres. Caso essas agressões sanguinárias comecem elas serão orientadas pelo capricho de supostos líderes religiosos que se dizem ungidos e são capazes de incitar a violência alegando que essa é a vontade de Deus como nós estamos cansados de ver acontecer em países fundamentalistas.
É direito de cada ser humano aprovar ou não aprovar os tipos de comportamento sexual existentes por aí. Ocorre que o Estado Brasileiro definiu em sua Constituição que ninguém será discriminado por cor, sexo, raça, religião, etc. Então, como fica isso? Quem é mais razoável: o Estado ou a "igreja" disfarçada de Estado?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A lenda do intervalo

                                          Lecy Pereira

Numa placa feita dos restos de uma caixa de madeira, alguém

escreveu de maneira tosca: “O QUE É VIVER?” e a pregou numa beirada de estrada como quando fixam cruzes pela morte de motoristas ou pedestres.

E o garoto perguntou ao pai que guiava o carro que acabara de passar pela placa:

-Então, o que é viver?

-Você quer que eu responda segundo algum livro sagrado ou dê a minha própria opinião?

-Diga o que lhe vier à cabeça.

-Bem, viver é o hiato entre o surgir e o insurgir.

-E o que acontece nesse intervalo?

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Após trocarem um beijo melancólico, a moça em seu vestido floral decidiu que não mais se veriam.

Seria bom para todos que policiavam aquele namoro. As respectivas famílias vigiavam os dois por vinte e quatro horas. Qualquer troca de olhares era detectada por parentes dos dois. De alguma forma, aquelas famílias passaram a viver somente em função dos jovens. Mas sempre havia deslizes. Foi assim que eles se beijaram no subúrbio da cidade.

- Espere – disse o rapaz. - Precisa haver uma solução melhor para nós.

- Qual? Romeu e Julieta? Shakespeare deve estar cansado de tanto plágio ou releitura.

- Vamos fugir? Sumir no mundo? Só nós dois?- E você acha que isso é vida?

- A gente pode ser feliz.

-Essas coisas funcionam em livros de romances irresponsáveis.

-Então viveremos para sempre vigiados. Isso é vida?

-Você me ama de verdade?

-O que você acha?

-Então acabou tudo. Que dizer, não acabou. Eu entro para um convento e você segue para um seminário. Nossas famílias param com essa loucura de vigilância.

-Mas isso parece a Idade Média.

-Tanto faz. O que importa é o amor. O amor. O amor.

-Mas a gente...

-Desapareça, agora. Eu te amo.

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O pai do garoto fez um silêncio premeditado e, em seguida, respondeu:

-Não sei. Fabrica-se lendas mais ou menos verossímeis.

E o carro desapareceu na cerração.

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Bicicleta revolucionou o sexo e a genética, diz cientista”