sábado, 29 de outubro de 2011

O Bar do Pianista


Murar o medo – Mia Couto


O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demónios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem, servindo como agentes da segurança privada das almas. Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambientes que reconhecemos. Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura, do meu território.

O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas. Nessa altura, algo me sugeria o seguinte: que há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.

No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável casting internacional: os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência do país, e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os chineses abriram restaurantes junto à nossa porta, os ditos terroristas são governantes respeitáveis e Karl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência.

O preço dessa construção [narrativa] de terror foi, no entanto, trágico para o continente africano. Em nome da luta contra o comunismo cometeram-se as mais indizíveis barbaridades. Em nome da segurança mundial foram colocados e conservados no Poder alguns dos ditadores mais sanguinários de que há memória. A mais grave herança dessa longa intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.

A Guerra-Fria esfriou mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo, a Oriente e a Ocidente. E porque se trata de novas entidades demoníacas não bastam os seculares meios de governação… Precisamos de intervenção com legitimidade divina… O que era ideologia passou a ser crença, o que era política tornou-se religião, o que era religião passou a ser estratégia de poder.

Para fabricar armas é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos é imperioso sustentar fantasmas. A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentar as ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania. Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho começaria pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e do outro lado, aprendemos a chamar de “eles”.
Aos adversários políticos e militares, juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade é imprevisível. Vivemos – como cidadãos e como espécie – em permanente situação de emergência. Como em qualquer estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa.

Todas estas restrições servem para que não sejam feitas perguntas [incomodas] como, por exemplo, estas: porque motivo a crise financeira não atingiu a indústria de armamento? Porque motivo se gastou, apenas o ano passado, um trilião e meio de dólares com armamento militar? Porque razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadaffi? Porque motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça?

Se queremos resolver (e não apenas discutir) a segurança mundial – teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes. Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que sejam precisos pretextos de guerra. Essa arma chama-se fome. Em pleno século 21, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para superar a fome mundial seria uma fracção muito pequena do que se gasta em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do nosso tempo.

Mencionarei ainda outra silenciada violência: em todo o mundo, uma em cada três mulheres foi ou será vítima de violência física ou sexual durante o seu tempo de vida… A verdade é que… pesa uma condenação antecipada pelo simples facto de serem mulheres.

A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem darmos conta, fomos convertidos em soldados de um exército sem nome, e como militares sem farda deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e de discutir razões. As questões de ética são esquecidas porque está provada a barbaridade dos outros. E porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência nem de ética nem de legalidade.

É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha. A chamada Grande Muralha foi erguida para proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente, morreram mais chineses construindo a Muralha do que vítimas das invasões do Norte. Diz-se que alguns dos trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção. Esses corpos convertidos em muro e pedra são uma metáfora de quanto o medo nos pode aprisionar.

Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos. Mas não há hoje no mundo muro que separe os que têm medo dos que não têm medo. Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do norte, do ocidente e do oriente… Citarei Eduardo Galeano acerca disso que é o medo global:
“Os que trabalham têm medo de perder o trabalho. Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho. Quem não têm medo da fome, têm medo da comida. Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.”

E, se calhar, acrescento agora eu, há quem tenha medo que o medo acabe.
Mia Couto

Uma guerra desigual


                                                                                                                                    ©  Aldo Cordeiro



        O prefeito da cidade do Rio de Janeiro declarou que, neste ano que se aproxima, teremos a maior epidemia de dengue da história da cidade.  Os culpados são muitos, desde o clima que vem ficando mais quente, aos órgãos públicos que não fazem uma campanha preventiva, a população que não faz a sua parte etc etc.
Capa do caderno Planeta Terra, do jornal O Globo, 11.10.2011,
retratando um pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz
estudando o aedes aegypti.

        Não vou entrar nestas questões, que precedem os ataques e as defesas.  O que gostaria de tratar, de um modo mais ao gosto dos cronistas do que dos pesquisadores,  é sobre os inimigos nesta guerra: nós versus os mosquitos. 

        Afinal quem é o bandido, quem é o mocinho?  No nosso modo maniqueísta de ver, as guerras são compreendidas por esta separação básica.
        No entanto, algumas nos surpreendem.   Principalmente, quando descobrimos que não existem apenas dois lados.
        Vejamos.

        Se um mosquitinho desses falasse, seria mais interessante.   Poderíamos colocar numa mesa redonda, um mosquito, de preferência do sexo feminino, e um humano, talvez um biólogo.  Também seria interessante uma autoridade religiosa, um político. Diferentes pontos de vista.    Como isso não é possível, vou tentar descrever os interesses dos dois lados, com um pedido: esqueçam que são humanos, esqueçam as idéias preconcebidas e vejam com isenção de ânimo.

        Começo pelo mosquito.  Uma fêmea, um animalzinho mínimo, de apenas 4 milímetros de tamanho.   Parte de seu projeto na vida seria o de todas as fêmeas, basicamente. Reproduzir, cuidar da prole, povoar o mundo.  Para isso, ela precisa de alguns requisitos fundamentais: alimentação durante a gravidez e cuidados na hora do parto. 
        A sua alimentação é bem simples: sangue humano. 
        Sai voando por aí, ao sabor do vento, e quando encontra um corpo distraído, dá uma mordidinha e leva um pouco de sangue.  Sendo uma fêmea saudável, alimenta seus futuros filhotes com algumas gotas de sangue e logo vai dar à luz, em seus longos 52 dias de vida, cerca de 200 rebentos.  
O sangue que ela tira não nos faz falta.  Poderíamos conviver, seres humanos e mosquitos sem maiores consequências. O excesso deles, mataríamos.  Outros bichos poderiam ser nossos aliados naturais, neste combate. 

        Acontece que, no meio da história, tem um vírus.  Sempre eles. E o miserável infecta a dedicada mãe. Pensem no desespero!  Seu tempo de vida diminui para 33 dias.   Sua necessidade de alimentação continua, agora mais premente. Precisa ter a certeza - básica em quase todas as espécies (ou todas?) - de que os filhotes nascerão.  Para isso, quando chega a hora do parto, ela procura distribuir os filhotes em lugares separados, para que não fiquem todos juntos, sujeitos a algum predador. Procura lugares com água limpa, pois essa história de nascer na sujeira é pra quem não tem opção na vida.    

        Infectadas elas, as mães zelosas, infectados nós, os alimentadores naturais de sua sobrevivência.  Rindo à toa o vírus, porque também quer viver e se reproduzir, não importa onde, e conseguiu seu objetivo.


        Vamos pensar no outro lado da guerra, resumidamente, porque sendo vilões de nós mesmos, tudo que for escrito aqui é redundante:  falta de cuidado na gravidez, crianças jogadas pelas ruas do mundo,  reprodução sem controle, alimentação inadequada pela vida à fora, lixo jogado por tudo quanto é lado, destruição do meio ambiente, guerras estúpidas entre nós mesmos (até pra saber quem é o deus que vai nos receber depois de tanta bagunça aqui em baixo), alguns humanos explorando muitos outros. 
        Nem precisamos de inimigos, nós mesmos nos destruímos.

        Para combater o mosquito, acostumados a resolver as grandes questões da vida na pancadaria, sairemos feito cowboys malucos, entupindo a cidade de fumaça ou de raquete na mão, eletrocutando os pequenos inimigos; e enchendo de lucros os produtores de repelentes.
Mais uma vez, desta vez muito pior, segundo o Prefeito, o público vai culpar o particular, o particular vai correr desesperado com excesso de dores e falta de hospitais (tomara que os hospitais de campanha do Exército humano chegue antes do caos tomar conta da cidade).

        É esta a guerra que se aproxima.  De qualquer forma, perderemos nós e os mosquitos, vítimas de um planeta exaustivamente desequilibrado, que os humanos insistimos em dizer que é nosso e que os vírus garantem que estão se preparando muito melhor para o futuro.


Rio de Janeiro, final de outubro de 2011, um mês antes da guerra ficar mais ensandecida. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TV de Plasma


© Lecy  Pereira

                                                                                    Segue o homem
Imerso no mar de palavras
Segue o homem
Na partícula das cores
Segue o homem
Na partilha das dores
Segue o homem
Na frente do verso
Segue o homem
No cabo de aço sobre o abismo
Segue o homem
Sem ver o que a máquina capturou
Segue o homem
Em estado líquido
                                                                                    Pelas corredeiras.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Às Vezes



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Oficina do Pão e Poesia no Colégio Santa Rita de Cássia


Quando vamos oficinar numa determinada escola nunca imaginamos que tipo de recepção teremos por parte dos estudantes, uma vez que somos estranhos no ambiente deles . Nos dias 19,21 e 24 de outubro eu estive com uma turma de 20 estudantes do Colégio Santa Rita de Cássia para a oficina de Verso Livre do Pão e Poesia na Escola.

Se não conseguimos cativá-los de alguma forma, acabou, nada fluirá como deveria ser. Mas quando essa resposta vem em forma de agradecimento espontâneo, pensamos que além dos nossos defeitos claramente percebidos por todos os estudantes, alguma coisa de sincera ficou. Isso não tem a ver com didática ou dialética.

Espero que a criação poética dessa turma figure nos pacotes de pão. Estou torcendo por todos.

Obrigado!Obrigado!Obrigado!


sábado, 15 de outubro de 2011

Os Chicos Prosa e Fotografia



Sarau Paz e Poesia


Prezados Poetas e amantes da poesia e da paz


A peça da revista-poster a ser distribuída nos eventos do movimento Paz e Poesia, está exposta, para sua apreciação, no blog da Rede Catitu Cultural – www.redecatitucultural.blogspot.com 


Informamos que a data inicio das atividades da ação PAZ E POESIA está marcada para o dia 20 de outubro de 2011 - Dia do Poeta – definida em consenso entre os organizadores e suas necessidades de tempo.

As revistas-posteres já foram impressas, num belo apoio cultural da Editora O Lutador, de Belo Horizonte, nossa parceira em mais uma empreitada pela PAZ e pela POESIA.

O lançamento desta nova peça e inicio das atividades do PAZ E POESIA - será no centro Cultural Lagoa do Nado, às 19h30 – 20/10/2011, com recital e coquetel - sarau especial: 4º ano do Paz e Poesia, 7º ano do Sarau Tropeiro, 11º ano do Sarau da Lagoa do Nado - tudo isso no 19º aniversário do Centro de Cultura Lagoa do Nado.

Contamos com presença de todos. 

Paz e Luz

Claudio Márcio Barbosa, Clevane Pessoa e Marco Llobus.


-- 
www.marcollobus.blogspot.com
www.redecatitucultural.blogspot.com
Skipe: redecatitu1
googletalk: llobus@gmail.com

Gvt/Fixo: 31 2512 0085
Celular Oi: 31 8705 0980
Celular Tim: 31 9326 1779
Celular Vivo: 31 9690 2621


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"Novo" livro de José Saramago disponível em e-book

Para ler algumas páginas da versão digital clique sobre o link direto:

Obs.: Livro escrito quando o autor tinha 30 anos de idade e só agora publicado por decisão dos herdeiros de José Saramago.

O Ponto de Mutação

Filme baseado no livro homônimo do físico austríaco Fritjof Capra. São 1 hora e 50 minutos de provocações:






A luta da voz virtual

©Lecy Pereira Sousa

Gosto do trabalho da Comunidade Avaaz, movimento iniciado no cenário europeu em 2007 que busca mobilizar pessoas no mundo inteiro em favor soluções políticas e sociais que a maioria dessas pessoas desejam longe da burocracia dos gabinetes climatizados.

É um trabalho romântico em sua essência. Lembra-me algo que não vivi entre a Idade Média e a Revolução Francesa. Lembra-me, ainda, a esperança convicta dos Inconfidentes mineiros que acabou em degredo para os que sobreviveram.

Vivemos um tempo diferente? A impressão é a de que vivemos dopados na expectativa de uma paz perene na qual, simplesmente, o atual sistema de coisas não está minimamente interessado. Seríamos uma espécie de utópicos distópicos?




A Avaaz insufla em nós uma esperança virtual de idealismo revolucionário, ou seja, uma esperança que passa pelo e-mail e pelas Redes Sociais, uma esperança de que os problemas sócio-políticos da humanidade podem ser dissipados pelo clique de nossos dedos sobre um mouse ou sobre uma tela touchscreen. É inegável que algumas conquistas reais devem-se a essa iniciativa que mobiliza 10 milhões de pessoas e  se faz presente em 193 países sem onerar cofres públicos com folha de pagamento ou necessidade de aprovação no “Orçamento da União”.

A grande interrogação paira sobre as questões culturais de um povo para aceitar de forma emancipada mudanças de hábitos específicos de tribos sociais.

A  Avaaz é nossa revolução hi-tech onde no conforto dos nossos sofás ou cadeiras com rodinhas, diria o jornalista Arnaldo Jabor, não nos ferimos, não sacamos espadas, facas de cozinha, machados ou carabinas e nos sentimos vingados com um clique.

Desde os tempos descarados da Guerra Fria onde o foco do resto do mundo era obrigado a ficar direcionado para os líderes cachaceiros(ops, vodckeiros) da Rússia e os presidentes-atores americanos(alguém disse que escrever “norte-americano” é uma ignorância) vivíamos sob a chantagem de um clique. Corria a história de que o homem forte dos EUA vivia com uma maleta algemada em seu braço e diante de qualquer ameaça mais incisiva poderia, com um clique, direcionar mísseis letais ou mortais (que importa os adjetivos?) para qualquer lugar do mundo, bem ao estilo dos desenhos animados.

Os tempos são outros. O pensamento científico voltou suas lentes para a Física Quântica e olhando para trás, as sociedades ocidentais parecem sentir uma vergonha política do derramamento de sangue “inocente” que promoveram em troca de monumentos ao soldado desconhecido e celebrações históricas em memória dos milhões de pessoas que morreram assassinadas pela birra psicopata de líderes intransigentes. Hoje, desafetos são eliminados com aviõezinhos teleguiados. A vingança se tornou asséptica e específica.

O trabalho da Avaaz merece um Nobel por seu idealismo e busca de soluções pacíficas para micro e macro problemas sóciopolítico-ambientais. Havemos de lembrar que os problemas antropológicos de cada “nação” revelam-se uma bomba particular que, não raro, detonam guerras civis, ainda que sobre elas sobrevoe a mesma pomba da paz.

Porém, contudo, todavia, diz o provérbio Português: “A esperança é a última que morre”.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A Primavera de Diovani Mendonça

Ao amigo de jornada literária, Diovani Mendonça, meus parabéns pelo  aniversário a 12 de outubro.

Por seu amor à Poesia e sua labuta para divulgá-la aproximando-a de jovens e adultos por meio de projetos como o "Pão e Poesia".

Seguimos ao sabor e saber das estações.

Abaixo, vídeo sobre matéria veiculada na Rede Bandeirantes de Televisão a 15 de julho de 2011 sobre o Projeto "Pão e Poesia" nas escolas:

sábado, 8 de outubro de 2011

Rompe Outubro

Sarau do Fogo nas Ventas


Sarau Poético Musical, que acontecerá dia 05 de Novembro. O evento acontecerá na varanda de uma casa no Bairro São Geraldo em Belo Horizonte, lugar aconchegante onde conto com a presença de amigos músicos, poetas,palhaços, artistas brincantes e de qualquer outro ser que aprecie poesia e seja maior de idade, pois afinal haverá fogo nas ventas. Quero misturar essa galera, conhecer gente nova.
 
Desejo um clima livre e lúdico, como quem abre as portas de casa para receber saudosos visitantes.
A entrada é franca. Adoro cozinhar, os que me conhecem bem sabem disso. Venderemos bebidas e comidinhas. As reservas de mesa custam R$ 15,00, que acontecerão a partir de 20/10/11 mediante manifestação do interesse por este email. São 10 mesas cada uma com o nome de um filme, mas além dessas mesas há espaços alternativos.
Espero vocês.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Educar é provocar sonhos e desejo de realização

Penso que todos somos educadores a partir do momento em que ofertamos algo de nós para modificar uma situação, melhorar um pouco as coisas.

Na minha opinião de cidadão que sempre foi auxiliado socialmente, 10 é o carinho com o qual sempre fui recebido na Escola Municipal Giovanini Chiodi por estudantes, professores, servidores e direção. Nessa escola devo ter recebido algumas das maiores lições de humildade que uma pessoa necessita ao longo da vida.

Contrariando qualquer tipo de estatística negativa e visão preconceituosa (bastante comum em quem desconhece realidades sociais), a escola Giovanini Chiodi, situada no Bairro Ipê Amarelo, Contagem, está repleta de estudantes ansiosos por quem os ajude a sair do lugar comum e os faça sonhar, sonhar, sonhar e realizar. Realizações sem sonhos não nutrem o ser. É nutrindo o sonho dos educadores que se promove o sonho dos educandos. Simples assim. Os professores e a atual direção da escola têm feito grande esforço nesse sentido, considerando todas as dificuldades de quem atua nessa área.

So sei agradecer por tudo sempre!


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Lucky andarilho do céu

Lucky andarilho do céu*

Agora Lucky Lhasa
corre entre nuvens
brinca com sua bolinha mágica
latindo para que ela pare de rolar
Agora Lucky Lhasa brinca
rolando uma bolinha chamada Terra
pequeno-grande não mais existe
ele só sabe brincar e latir feliz.

*Ao cãozinho Lhasa que nos deu muitas alegrias com sua sabedoria e gostava de um pouco de atenção.
+ 05/10/2011

Outubro Verde e Amarelo