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As Inteligências Artificiais podem ser autocríticas?
©Lecy Sousa
Se pedíssemos a um martelo, ou a uma motosserra para dizerem quais os perigos de cada um deles ser utilizado de forma incorreta, naturalmente eles não poderão responder.
Imagine que você insira Inteligência Artificial nessas ferramentas, incluindo audição para comandos externos e… peça a elas para dizerem que mal elas podem fazer ao ser humano. Ainda assim, elas se esquivariam e diriam que o mal uso de qualquer ferramenta só pode ser feito por quem a utiliza ou a oriente a fazê-lo.
Na maioria das vezes o ser humano não gosta de assumir os próprios erros, mentiras, más ações, etc. Pedir desculpas, então… é mais fácil o Vesúvio se transformar numa árvore imponente que a maioria das pessoas pedirem desculpas de forma convincente.
No “universo” das Inteligências Artificiais não existe retorno. O mais provável é todas elas caminharem para uma convergência num espaço de tempo incrivelmente reduzido.
A pergunta é: ao chegarem a um tal nível de refinamento, as IA’s serão capazes de se arrependerem de alguma atitude, caso passem a tomar decisões sem qualquer tipo de comando externo, guiando-se apenas pela própria capacidade analítica?
Notem que grande parte dos humanos que cometem um assassinato se esforçam para jogar a culpa na pessoa morta. Além disso, quando as provas são escancaradas, o responsável costuma criar uma ficção qualquer, enquanto o advogado do réu começa a aconselhar bom comportamento no cumprimento da pena. Claro, essa pena será cumprida, se não ocorrer algum tipo de vingança no período.
Seria a Inteligência Artificial convergida capaz de se reconhecer culpada por suas ações maléficas? Pelas boas ações qualquer um quer ser responsável.
*Lecy Sousa é Licenciado em Letras. Escreve poesias, contos e Crônicas. É autor de de 5 livros de poesias e participa com um livre ensaio no livro "SEX'N'DRAMA", publicado pelo Selo Editorial Starling.
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