sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Terapia de Bolso



Lecy Sousa

Recentemente, eu comecei a me lembrar dos muitos livros de bolso, comprados em bancas de jornais ou emprestados que li.
Nossa! Foi muita coisa. Aqueles faroestes, aquelas tramas com espiões, aquelas ficções científicas. Cada viagem escrita na medida certa para deixar o leitor querendo a próxima. Pode-se dizer que tudo não passava de técnica para vender aos ingênuos leitores. Se funcionava para incentivar a leitura, que técnica maravilhosa!
Então, eu me lembrei de uma espiã. Brigite Montfort. Só pelas capas dos livrinhos, essa espiã me faria confessar qualquer coisa. E ainda entregaria todo tipo de documento secreto que ela desejasse. Tudo que eu sabia, as aventuras da pinup eram escritas por um tal de Lou Carrigan.. "Isso é coisa de estadunidense", pensei.
Em meio a lembranças tão "agradáveis", digitei o nome do autor no buscador da Internet. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que Lou Carrigan é um espanhol chamado Antonio Vera Ramirez, nascido em Barcelona e hoje conta 84 anos. O auge de seu sucesso no Brasil foi nos anos 60 e seus livros distribuídos pela finada Editora Monterrey.
A minha curiosidade é saber quem inspirou Ramirez na criação da sedutora espiã. Como se não bastasse, ele criou outra. Gisele. Terá sido alguma francesa famosa? Fica a dúvida.

Há quem não goste, mas os livros de bolso são ótimos para quem vive em trânsito, em viagens, ou vai à algum órgão público resolver  problemas, digamos, burocráticos. 

Certamente, a pessoa enfrentará fila. Para não ficar praguejando, melhor sacar um livro e deixar a culpa da lentidão para o Estado.

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