sábado, 26 de dezembro de 2015

Entre o fim e o recomeço




A semana que antecede o fim de um ano é uma espécie de "zona morta", um espaço onde o raciocínio dos dias ditos comuns aparenta entrar de férias. A gente fica meio mais bobo que de costume. Uma espécie de backup seguido de reset está acontecendo e tudo que resta é assuntar.

Fica uma expectativa no ar. O que virá? Que fatos darão o tom do novo ano? Há quem apele para os videntes de plantão. Há quem salte sete ondas, engolindo sementinhas de romã  e usando a roupa da cor recomendada pelas consultoras de moda das viradas. Há quem tem absoluta certeza de como serão seus próximos 365 dias.

Uma coisa é perceptível: toda cabeça precisa dar um tempo, esquecer coisas, desconcertar os métodos, dar férias para o excesso de atenção que gera tensão e até hipertensão. Longe de ser autoajuda é uma forma de apreço por si mesmo. Levar a vida na base do "foda-se" (há um vídeo no Youtube que viralizou repetindo essa contração verbal por, pasmem, dez horas seguidas em forma de Funk) é apreciado por muita gente e pode atrair milhares de seguidores. Porém, nem todo mundo leva jeito para ser Raul Seixas ou a turma dos Beatniks norte-americanos que acabaram entrando para a História.

Então, como Siddhartha Gautama, o Buda, confirmou sua iluminação vendo um instrumentista afiando suas cordas e  arrebentando-as uma após outra pelo nível de tensão imposto às coitadinhas, é prudente relaxar e, quem sabe, até gozar como sugeriu uma sexóloga brasileira muito conhecida.

Agora, aqui para nós, eu não sei muito bem porque decidi escrever esse texto na última semana do presente ano candidatíssimo a vira passado.


sábado, 7 de novembro de 2015

12o CONCURSO ROGÉRIO SALGADO DE POESIA

12o CONCURSO ROGÉRIO SALGADO DE POESIA
                        40 ANOS DE CARREIRA POÉTICA

             Promoção: Virgilene Araújo – Promotora Cultural

                                              Última chamada
Inscrições encerram-se dia 27 de novembro de 2015

            Poderão participar poetas de todos os estados do país, inscrevendo até três poemas, que deverão estar digitados ou datilografados, de no máximo 30 linhas, incluindo espaços de uma linha para outra, e enviados em 03 vias cada umOs poemas não poderão ter identificação de sua autoria, sendo que no rodapé da página deverá constar apenas o pseudônimo do autor. Anexar à parte, envelope lacrado contendo em seu interior o nome, endereço e e-mail para contato (se tiver). Por fora do envelope, constar o(s) título(s) do(s) poema(s) e pseudônimo do autor. No ato da inscrição será cobrada uma taxa de R$ 7,00 (sete reais) para despesas de manutenção do concurso, enviada em forma de cheque nominal a Virgilene Ferreira de Araújo. Caso ache mais prático enviar o valor em espécie e caso solicite, poderá ser enviado recibo para o poeta inscrito, desde que nos seja remetido junto, um selo de 1º porte para envio do recibo.

            As inscrições deverão ser enviadas para a Caixa Postal 836 – Belo Horizonte/MG – Cep: 30.161-970, até o dia 27 de novembro de 2015, fazendo valer a data da postagem.

            Serão selecionados por um júri composto de dois poetas, convidados pela organização do concurso, além do poeta homenageado, três primeiros lugares.Este ano ficou decidido que para o primeiro lugar, o poeta vencedor participará em 2016, da coletânea “Cena Poética 2” sem nenhum pagamento, recebendo dos organizadores, 30 exemplares do livro e para o segundo e terceiro lugares, um pacote literário composto de livros e Cds, como incentivo a uma maior incidência de leitura. Caso os jurados achem necessário, serão conferidas menções honrosas. Os três primeiros lugares e menções honrosas receberão certificados.

NB: foi decidido que inscrições poderão ser feitas por e-mail: Deposite no Bradesco – ag; 81 – CC: 91915-2 a taxa de inscrição. Envie parabelopoetico@yahoo.com.br anexo 2 arquivos, sendo o primeiro com os 3 poemas e pseudônimo e o segundo arquivo com dados pessoais. Na mensagem informe dia e horário que fez o depósito.

           Mais informações pelo telefone: (31) 8421.6827.

Obs: as inscrições enviadas que não obedecerem o regulamento, serão automaticamente desclassificadas.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Rascunhos estão na Editora Multifoco





que de rasuras
brotem ternuras
entre rascunhos
tão existenciais

“rascunhos” é um exercício literário orgânico e informe.

Com versos calcados numa existência  contemporânea, o autor convida o leitor a compor seu canto dodecafônico.

Nada está pronto ou irreparável como escultura. Pelo contrário, as letras minúsculas, a ausência de títulos e pontos finais, para além de recurso poético, são convites à colaboração.
Cabe ao leitor dar o título que bem entender a cada poema. Usando lápis, caneta ou teclado (ebook), outros poemas podem surgir, a partir dos versos preexistentes.

A criatividade só pode surgir de certa inquietação, do rabiscar, do tentar. E das entrelinhas pode ser que surja uma nova voz poética. Será que esses rascunhos conseguem cumprir o objetivo? Só você, enquanto pessoa leitora, pode dizer com todos os versos disponíveis. Use e abuse dos versos!
                                                  Acesse o site clicando sobre a logo abaixo:



O autor:

Lecy Pereira Sousa, mineiro, escreve desde a adolescência, mas só com a popularização da Internet no Brasil pode exercitar e mostrar seus textos a outras pessoas. Com uma forte tendência autoral (sendo influenciado por tudo e por nada ao mesmo tempo), escreve poemas, contos e crônicas. Sempre foi apaixonado por livros, mas não consegue uma explicação cartesiana para isso.

Formado em Processos Gerenciais, trabalha na área da Educação em Contagem como Servidor Público. Participou da fundação da Academia Contagense de Letras.  Teve textos selecionados para o Projeto “A Tela e o Texto” da UFMG que divulga textos dentro de ônibus urbanos em Belo Horizonte.  Participou da antologia 7 Pecados publicada em Portugal, na Feira do Livro de Barcelos, pela plataforma de blogs Blogtok. Seu primeiro livro impresso de poemas “Primeirapessoaplural” (2008) foi lançado pelo Selo Editorial “Árvore dos Poemas” do poeta mineiro Diovani Mendonça.



quarta-feira, 6 de maio de 2015

O azul em movimento & outros sentidos na Revolução eBook

Trecho do ebook:

"Por todos os lados que se quisesse olhar, o vislumbre era único. Tudo eram bocas cheias e fechadas pela mastigação. O mundo se resumiu numa única coisa: vontade de comer! Muito embora, nem sempre essa vontade fosse concretizada. Dormia-se, acordava-se, lia-se e escrevia-se, odiava-se e amava-se somente para comer. Afinal, o que poderia garantir uma sobrevida, uma continuidade, um orgulho incorrigível?

Comiam as paredes de concreto, as árvores dos jardins, as placas comemorativas, os bustos de bronze de mortos ilustres e bigodudos. Numa incessante antropofagia, comiam os homens, as mulheres e os andróginos. Não havia traça ou verme que se comparasse. Devoravam as esquinas, as manequins das vitrines e as vitrines de sobremesa.

Um bom título para narrar a ânsia febril por consumo seria “Nascidos para comer”. Por todos os lados que se quisesse olhar, como num espelho, só se viam olhos vazados de fome e bocas incrivelmente nervosas. Não havia nada que pudesse matar a fome." - Existência estomacal.


Para comprar esse ebook acesse um dos links abaixo:





O Autor:

Lecy Pereira Sousa escreve poemas, contos, crônicas e outras narrativas, participa de projetos literários como o Pão e Poesia em qualquer esquina, em qualquer padaria, publica textos em sites e blogs na Internet, colabora com o jornal Diário de Contagem e tem outros trabalhos publicados como os livros de poemas "Primeirapessoaplural", "Teorias de Guardanapo" e "Trilogia do Poema Bruto".