quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Convidamos você para o show de lançamento do nosso novo álbum, Haveno.


 

Convidamos você para o show de lançamento do nosso novo álbum, Haveno. 

Os shows, destaque na programação do Festival Pequenas Sessões, acontecem nos dias 01 e 03 de Setembro no espaço CentoeQuatro, em Belo Horizonte, as 20:40. O projeto Pequenas Sessões, com programação que integra o Conexão Vivo, promove em sua 5ª edição o encontro entre artistas que realizam experimentações sonoras e pesquisam linguagens audiovisuais para apresentações musicais. Para fortalecer e propor o intercâmbio musical, serão montados dois palcos paralelos, nos quais duas bandas se apresentarão em cada noite. A diferença é que as canções alternam-se entre os palcos: enquanto uma banda apresenta uma música em um palco, a outra pode interferir e "puxar" uma de suas músicas, mudando o foco para o outro palco. Paralelamente aos shows, artistas visuais farão projeções de obras desenvolvidas especialmente para a ocasião. Esse movimento constrói um fluxo criativo constante e inédito, gerando experiências audiovisuais singulares. Dentro desse espírito, no dia 01 de setembro, quinta-feira, o Constantina dividirá o palco com o músico uruguaio Franny Glass, contando com as projeções de L_ar. Já no dia 03 de setembro, sábado, é a vez da banda paulista Labirinto se juntar ao Constantina, e as imagens de Carou Araújo darem o tom do evento.

Os ingressos estarão à venda na bilheteria do local por R$ 5. E pra quem não puder ir, mas não quiser perder a festa, teremos ainda transmissão online em tempo real no portal Conexão Vivo, no endereço conexaovivo.com.br/aovivo.

Nos encontramos por lá! Saludos!
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Festival Pequenas Sessões – Um festival de Música Livre Independente
De 29 de agosto a 03 de setembro de 2011

Shows
Dias 01, 02 e 03 de setembro as 20:40h
Ingressos a R$5,00
Espaço CentoeQuatro
Praça Ruy Brabosa, 104 – Centro – BH/MG
http://pequenassessoes.net/
Programação
1/9, quinta-feira
Constantina convida Franny Glass (Uruguai) + L_ar
2/09, sexta-feira
Lise + Barulhista convidam Federico Durand (Argentina) + Igor Amin
3/09, sábado
Constantina convida Labirinto (SP) + Carou Araújo
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Lucas Bimond

http://soundcloud.com/lucas-bimond/lucas-bimond-atem-do-deus-das-ondas


Literatura e Mercado


Literatura é Mercadoria?



O que é Literatura? O que é produto? O que é mercadoria? Questões que assombram as Ciências Humanas. Assombram os pobres literatos.

É possível vender-se uma narrativa? É possível comprar um visão de mundo? Compra-se livros, não enredos, não testemunhos. O livro é mesmo mercadoria, é algo feito para vender. Algo que foi produzido, teve gastos para ser produzido, e quem produziu quer vender com uma margem de lucro.

Mas não falamos de livros, e sim de Literatura. O que é importante na Literatura? A quantidade ou a qualidade? Ter muitos autores é ter boa literatura? Um certo país A ter dez prêmios Nobele outro, B, apenas um – esta cota estatística define que o país A tem melhor Literatura que o país B ?

A quantidade de feiras, bienais, congressos, etc, todos estes eventos definem que temos uma boa Literatura? Divulgar muito e quem vai avaliar, selecionar, peneirar ? O próprio mercado editorial? Os críticos acadêmicos? Os críticos-resenhistas de jornais? Os críticos de plantão?

Ou então a literatura enquanto um universo fechado, coisa para eruditos, acadêmicos, para pós-doutores em literatura e linguística. Literatura enquanto um universo para iniciados que desprezam neófitos e amadores. Literatura en2quanto um universo autoreferente – metalinguístico – a gastar páginas para falar sobre... literatura!

Enquanto a literatura é vista enquanto universo auto-referente – segundo os estruturalistas, os pós-modernistas, os adeptos do nouveau roman – a escrita perde o status de testemunho da vida cotidiana, aquele desejo dos escritores realistas que viam a literatura enquanto testemunha das mazelas sociais. A 'pós-modernidade', com seu esvaziamento ideológico – opa, outra ideologia! - apenas serve aos interesses dos poderes constituídos, às Elites.

As mesmas Elites que se sentem seguras, pois se antes a literatura era veículo de crítica, de contestação, de testemunho, hoje é apenas um adorno ficcional, uma fantasia escapista, num universo autocentrado de retórica, semiótica, sintaxe, desprovido de ação sobre o mundo – deixa de re-pensar o mundo através da literatura para se fantasiar outros mundos.

Daí o sucesso de fantasias pós-modernas – bruxinhos, vampiros, magos, aliens, etc – que desviam a atenção dos leitores para outros universos e não mais focalizam a vida alienada nas metrópoles, não mais reinsere o cidadão no jogo político, no cenário social, para reafirmar sua cidadania enquanto participação, enquanto detentor de informações.

O leitor pós-moderno sabe o nome de todos os personagens de uma série épica de 7 romances – mas desconhece os vereadores, os juízes da comarca, em suma, os donos do poder. Sabem tudo sobre os feitiços do bruxinho – mas nada sabem sobre as mistificações dos políticos corruptos locais.

Literatura é Mercadoria

Para as editoras, sim, literatura é igual a dólar, lucros e cotação na Bolsa. Para as feiras, as bienais, os congressos, que geram publicidade, atraem turistas, não importa muito a qualidade, mas o retorno financeiro – pois, afinal de contas, dinheiro foi investido, alguém patrocinou, alguém espera o lucro.

Nos Estados Unidos, percebemos o quanto a cultura é um mercado voraz. Tudo é aproveitado. Quando um autor lança um best-seller (ou seja, livro na lista dos mais vendidos) não apenas os livros são vendidos. Há toda uma marca registrada em jogo. Livros, músicas, filmes, animações, séries televisivas, brinquedos, bonecos das personagens, jogos eletrônicos. Ou seja, todo um merchandising de produtos gerados para o consumo supérfluo. Tudo é aproveitado. Livro é apensa mais um item na lista de vendas.

Seja best-seller de bruxinho juvenil, ou vampiro universitário, ou contos-de-fadas high-techs, tudo é vendável, é feito pra ser vendável. O filme aumenta as vendas dos livros, os livros aumentam as vendas dos jogos eletrônicos, tudo gera lucros para a indústria cultural. Existe para o lucro em série.

E os autores realmente se pautam por objetivos estéticos? Ou entram n embalo das vendas? O autores realmente escrevem? Pois autor que segue os eventos – feitas, bienais, etc – acaba por não ter nem tempo de escrever...

A questão da 'segmentação de mercado' é explícita quando autores escrevem apenas para um determinado público consumidor – de acordo com a demanda. As editoras investem num tipo de leitor – esoterismo, novelas, culinária, etc – e somente produzem livros para aqueles que tipo de público.

Temos, assim, autores para jovens, ou para esotéricos, ou para GLS, ou para cristãos, ou para fãs de duendes e bruxinhos, ou de vampiros teenagers e cavaleiros medievais com espada laser. Autores que ganham com a auto-ajuda (ajudam eles mesmo, claro) ou receitas culinárias. Tem mercado consumidor para estórias de aliens vegetarianos? Então logo aparece um autor especializado em escrever enredos mirabolantes com os tais aliens vegetarianos.

Literatura NÃO é Mercadoria

Literatura está além do livro para aqueles que escrevem, realmente escrevem, artisticamente, e não para os que fingem escrever, ou escrevem como fiéis ghost writers pagos pelo poder editorial.

Ao artista, enquanto esteta, interessa mais a qualidade do que a quantidade, pois ele/a é guiado/a por critérios estéticos e subjetivos que estão além do objeto-livro. O livro é apenas o suporte material de uma ideia.

Ao verdadeiro escritor a literatura é um testemunho e ao mesmo tempo um exercício de imaginação, um retrato do cotidiano e ao mesmo tempo uma superação do comum através de uma forma artística de expressão.

A verdadeira literatura não está nas estantes nem nos eventos mas onde autores e leitores se encontram diante de um livro aberto – oublog acessado. A literatura seria o conjunto dos textos em si-mesmos numa perspectiva de contexto (tanto aquele do autor quanto aquele/s do/s leitor/es) e de expressão autoral.

A literatura é obra artística, não deve ser confundida com o produto livro. Produto este que gera trabalho e renda para revisores, diagramadores, ilustradores impressores, editores, distribuidores, burocratas da cultura, etc. Produto que se justifica enquanto houver demanda.

Se o livro, a coisa, é produto – tem preço do papel, tinta, impressão, e o serviço agregado de todos os profissionais antes citados – e é comercializado para abater os custos e até gerar lucros, a literatura enquanto texto só tem valor estético, não de uso. A literatura não visa a utilidade segundo critérios mercadológicos, preocupado com o produto livro.

Perguntam-me, às vezes, por que ainda não publiquei textos de minha autoria. E respondo: 1/ não tenho recurso para arcar com os custos da publicação; 2/ se tivesse, eu hesitaria em lançar outro produto no mercado. Seria até incoerente de minha parte, uma vez que desconfio do mercado e desprezo o sistema capitalista de produção de mercadorias.


Afinal, vender várias edições de um livro pode significar marketing pesado ou capa chamativa, não exatamente qualidade estética do texto em si mesmo. É a edição, a brochura ou encadernação que está à venda, não o Texto – este pode ser copiado, xerocado e distribuído, tal como faziam os poetas marginais da 'geração mimeógrafo', que aboliam a indústria cultural. Como? Os autores se aproximavam dos leitores, e dispensavam os intermediários.

Quando a literatura é um testemunho, é um espelho ficcional do vivenciado, quando se permite uma crítica dos padrões e inércias sociais, em suma, quando é útil ao artista e à plateia, além da Estética, a literatura foge ao imperativo de mercadoria, a arte literária passa a ser um valor compartilhado, criando laços artísticos, e até afetivos, entre as várias vozes da criação, para mudar, senão o mundo, ao menos as vidas diretamente envolvidas na vivência literária.

Na ânsia de retratar a realidade – a vida cotidiana, com suas banalidades e padronizações – segundo aspectos estéticos (forma & conteúdo; figura & fundo), a ficção literária repensa a vida re-configurada, e, no contraste, percebemos melhor o vivenciado.

Em suma, escrever sobre o mundo é repensar o mundo e a condição do/a Autor/a no mundo, no quanto se pode ser livre e o quanto se é determinado por contextos (que vão emoldurar o texto!), e o quanto se pode escapar (ou flutuar acima) do contexto – pois muitos artistas rompem com o contexto, tornam-se 'extratemporâneos' – vide o exemplos de Nietzsche e Kafka – somente compreendidos uma geração depois.

O artista não vai criar a partir do Nada – há uma vivência, uma época, um espaço – que fornece elementos para a Escrita. Diante disindústria cultural so o artista pode criar um simulacro, enquanto imagem direta ou fantasia, enquanto imagem invertida. Pode descrever sua época, seu país – ou pode transitar por outra época, outro país, a criar imagens da alteridade, dos mundos possíveis, o que poderia ter sido, o que ele/ela esperava – as expectativas e frustrações.

A livre criação pode confirmar o mundo do vivenciado ou pode refutá-lo, desconstruí-lo, ao criar mundos alternativos, universos paralelos, utopias e distopias, elementos fantásticos, mitológicos, folclóricos, em suma, pode recombinar, refundir, reinterpretar peças do 'mundo concreto' na tessitura ficcional do texto literário.

É esta tessitura em si, com seus valores estéticos intrínsecos, que deve ser observada, analisada, comparada; e não em função de um contexto, uma época, um panorama social, caprichos autorais, todos estes elementos extraliterários, em segundo nível, e muitas vezes inacessíveis.

A Arte visando o mercado, a obra de arte enquanto produto/mercadoria, eis o que presenciamos na modernidade de forma cada vez mais industrial. Fato já analisado por Walter Benjamin no ensaio “A Obra de Arte na Era de sua Reprodutividade Técnica” (1936) que mostra o quanto o modo de produção capitalista – fordista, taylorista, toyotista, etc – adentra o universo artístico, que passa a aceitar obras feitas em série como se fossem embalagens de leite em pó. (A crítica à Arte-produto, à arte-padrão também foi feita de modo artístico – ou anti-artístico, ou parodístico, por iconoclastas tais como Salvador Dalí, Marcel Duchamp e Andy Warhol.)

Acontece que a comercialização desonra a arte, apenas acelera o processo de alienação, com a superficialidade da produção em série, padronizada e de fácil digestão. A Arte perde o status de um olhar sobre o mundo – um olhar crítico e iconoclasta – e torna-se um mero enfeite para o mundo luxuoso de alguns – e então se completa o que os capitalistas desejam: a mercantilização de todas as atividades humanas. Coisa já prevista por Karl Marx, em “Manifesto Comunista”. A burguesia não hesita em comercializar tudo, até a própria alma (isto é, se a tivessem...)

Sendo mais um produto, mais uma mercadoria, a Arte (aqui, mais especificamente, a Literatura) perde a autonomia. Os literatos passam a depender de mecenas, políticos, religiosos, burocratas, para conseguirem verbas (não apenas leis de incentivo à cultura)para editarem seus livros, atualizarem suas homepages, realizarem eventos, lançamento. O literato assume uma condição de bobo-da-corte, nada mais.

Quanto à autonomia da arte, o poeta romântico alemão Heinrich Heine dizia, “Sou a favor da autonomia da arte; ela não deve servir de criada nem à religião nem à política. Tem seu objetivo em si mesma, como o próprio mundo.” (in: SAFRANKI, Rüdiger. Romantismo – uma questão alemã, 2010.)

A Arte precisa ser autônoma, mas não desligada do contexto, não ser alienada. Pois deslocada do contexto, a Arte é apenas um jogo estético, uma atividade inútil, fenômeno em segundo plano – expressão necessária para os artistas e fonte de renda para os negociadores da arte.

No mundo da pobreza e da miséria, o poeta esteticista (ou parnasiano, ou nefelibata) é um abstrato devoto de uma arte culta e elitista. Ele não é capaz de compreender os poetas populares, p.ex. da literatura de cordel, mais espontânea e não acadêmica. O poeta erudito é muitas vezes um conservador. Um romântico conservador. Pode até ser anticapitalista, mas não é progressista. Tem consciência social, mas se alia às idealizações estéticas, o mundo abstrato. Preferiria viver numa idade média idealizada. E justamente contra estes que se levantam os poetas realistas, os poetas socialistas.
Porém, a Arte apenas engajada também é indesejada, posto que cede espaço às questões não-estéticas. O problema dos revolucionários: a falta de bom gosto, isto é, apreciação estética. (Aliás, coisa que nem os burgueses possuem.) A plebe no poder aboliria o Hino Nacional - uma peça sinfônica, resquício da nobreza - e colocaria no lugar uma canção de axé, baião ou de funk carioca. É o problema de um socialismo nivelado por baixo é a abolição da cultura 'culta', erudita, e não a ascensão do povo até a erudição.

Tanto os parnasianos quanto os realistas-socialistas, tanto os esteticistas quanto os engajados, tem todo direito a expressão, mas ambos os grupo se prendem a questões limitadoras, as obras de arte não alcançam um status atemporal e de qualidade. Aliás, poucos autores conseguem atravessar séculos, a seduzir os leitores, a transmitir suas mensagens. Pois quanto mais limitada um obra – seja no tempo, ou na estética – mais difícil é para ser 'digerida' em outra época e outra visão estética. São as obras ditas 'datadas'.

Aqui, defendemos a livre expressão. Tudo pode ser publicado – até obras de Sade e Nietzsche, até Hitler e Stálin – tudo precisa ser permitido nas artes – até a anti-arte, a poesia-coisa, a música breganega, o funk sexista, pois a limitação da expressão é sempre constrangimento, coação, motivos para 'santas' inquisições, seja de católicos ou crentes, Direitas ou Esquerdas, que perseguem as expressões ditas não-convenientes, até 'subversivas'. As 'inquisições' não hesitam em estabelecer seus índices de livros proibidos.

Livre-expressando – não para o mercado, certamente – a Literatura (ou literaturas, em pluralidade) frutifica(m)-se na miríade de vozes – narrativas, cosmovisões de personagens, testemunhos de época – que valem enquanto ficções da realidade, ou concretizações da fantasia, tanto intratextual quanto extratextual. Não basta ser uma estória ou testemunho fascinante, precisa também ser bem escrita, com enredo internamente convincente. E não basta ser bem escrita, é preciso dizer algo, revelar algo, tirar o véu das obviedades e fazer repensar o Eu – e o Nós – lançados no mundo.

Ago/11

Leonardo de Magalhaens


sobre a Indústria Cultural em

O Capoeirista da Rua K



O CAPOEIRISTA DA RUA K.



A “Fraternidade” era uma gangue de bairro, composta por poderosos traficantes, assaltantes e matadores de aluguel. Homens cruéis incentivando o consumo de drogas nos bairros, tramando traições e vinganças. Eram também capoeiristas treinados. Estes Líderes promoviam constantes competições entre “Karatecas” e “Capoeiristas”, intervindo nos resultados de modo desleal.
A “Fraternidade” comete um crime vitimando Cássio, o melhor amigo de Jordi.
Meses depois surge uma figura vestida de negro, que vaga sorrateiramente pelo bairro assassinando membros da “Fraternidade”. Sobre o corpo há sempre uma foto e uma  mensagem no verso contendo a frase “AQUI JAZ UM ASSASSINO”.
Quem se esconde por trás da mascara?
Na trama há muita ação, investigação e suspense, além de um tumultuado caso de amor entre Jordi e uma jornalista que tem a chance de desvendar o mistério do “justiceiro”.

Janduí Macedo

Lançamento dia 09/09/2011.

Bienal do Rio - RIOCENTRO - do dia 01  a 11 de setembro.
Editora Canápe - Pavilhão Verde M 33.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ataque Epilopoético: a invasão


Cabra marcado para morrer por combater o crime no Brasil


Esse cidadão merece nossos aplausos.
 
Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados.
Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado, está morando no fórum da cidade.
Só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta.
Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919 anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens.
Como os que pôs atrás das grades, ele perdeu a liberdade.
'A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.'.


 


Traficantes brasileiros que agem no Paraguai se dispõem a pagar US$ 300 mil para vê-lo morto. Desde junho do ano passado, quando o juiz assumiu a vara de Ponta Porã, porta de entrada da cocaína e da maconha distribuídas em grande parte do País, as organizações criminosas tiveram muitas baixas.Nos últimos 12 meses, sua vara foi a que mais condenou traficantes no País.

Oliveira confiscou ainda 12 fazendas, num total de 12.832 hectares, 3 mansões - uma, em Ponta Porã, avaliada em R$ 5,8 milhões - 3 apartamentos, 3 casas, dezenas de veículos e 3 aviões, tudo comprado com dinheiro das drogas. Por meio de telefonemas, cartas anônimas e avisos mandados por presos, Oliveira soube que estavam dispostos a comprar sua morte.
 'Os agentes descobriram planos para me matar, inicialmente com oferta de US$100 mil.' No dia 26 de junho, o jornal paraguaio Lá Nación informou que a cotação do juiz no mercado do crime encomendado havia subido para US$ 300 mil. 'Estou valorizado', brincou. Ele recebeu um carro com blindagem para tiros de fuzil AR-15 e passou a andar escoltado.
Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em seguida para um hotel. Há duas semanas, decidiu transformar o prédio do Fórum Federal em casa. 'No hotel, a escolta chamava muito a atenção e dava despesa para a PF.' É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil. A sala de despachos de Oliveira virou quarto de dormir. No armário de madeira, antes abarrotado de processos, estão colchonete, roupas de cama e objetos de uso pessoal. O banheiro privativo ganhou chuveiro. A família - mulher, filho e duas filhas, que ia mudar para Ponta Porã, teve de continuar em Campo Grande.. O juiz só vai para casa a cada 15 dias, com seguranças. Oliveira teve de abrir mão dos restaurantes e almoça um marmitex, comprado em locais estratégicos, porque o juiz já foi ameaçado de envenenamento. O jantar é feito ali mesmo. Entre um processo e outro, toma um suco ou come uma fruta. 'Sozinho, não me arrisco a sair nem na calçada.'


Uma sala de audiências virou dormitório, com três beliches e televisão. Quando o juiz precisa cortar o cabelo, veste colete à prova de bala e sai a escolta. 'Estou aqui há um ano e nem conheço a cidade.' Na última ida a um shopping, foi abordado por um traficante. Os agentes tiveram de intervir. Hora extra. Azar do tráfico que o juiz tenha de ficar recluso.. Acostumado a deitar cedo e levantar de madrugada, ele preenche o tempo com trabalho. De seu 'bunker', auxiliado por funcionários que trabalham até alta noite, vai disparando sentenças. Como a que condenou o mega traficante Erineu Domingos Soligo, o Pingo, a 26 anos e 4 meses de reclusão, mais multa de R$ 285 mil e o confisco de R$ 2,4 milhões resultantes de lavagem de dinheiro, além da perda de duas fazendas, dois terrenos e todo o gado. Carlos Pavão Espíndola foi condenado a 10 anos de prisão e multa de R$ 28,6 mil. Os irmãos , condenados respectivamente a 21 anos de reclusão e multa de R$78,5 mil e 16 anos de reclusão, mais multa de R$56 mil, perderam três fazendas. O mega traficante Carlos Alberto da Silva Duro pegou 11 anos, multa de R$82,3 mil e perdeu R$ 733 mil, três terrenos e uma caminhonete. Aldo José Marques Brandão pegou 27 anos, mais multa de R$ 272 mil, e teve confiscados R$ 875 mil e uma fazenda.



Doze réus foram extraditados do Paraguai a pedido do juiz, inclusive o 'rei da soja' no país vizinho, Odacir Antonio Dametto, e Sandro Mendonça do Nascimento, braço direito do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. 'As autoridades paraguaias passaram a colaborar porque estão vendo os criminosos serem condenados.' O juiz não se intimida com as ameaças e não se rende a apelos da família, que quer vê-lo longe desse barril de pólvora. Ele é titular de uma vara em Campo Grande e poderia ser transferido, mas acha 'dever de ofício' enfrentar o narcotráfico. 'Quem traz mais danos à sociedade é mega traficante. Não posso ignorar isso e prender só mulas (pequenos traficantes) em troca de dormir tranqüilo e andar sem segurança..' 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Liberdade da Internet no Brasil

Caros amigos de todo o Brasil,




Na semana que vem, o Congresso poderá votar um projeto de lei que representa um golpe contra a liberdade da internet dos brasileiros. A pressão da opinião pública barrou o projeto de lei em 2009 e nós podemos fazer isso de novo. Vamos usar a web para derrotar esse projeto de lei! Envie agora mesmo uma mensagem aos parlamentares sobre o assunto:

Na semana que vem, o Congresso poderá votar um projeto de lei que restringiria radicalmente a liberdade da internet no Brasil, criminalizando atividades on-line cotidianas tais como compartilhar músicas e restringir práticas essenciais para blogs. Temos apenas seis dias para barrar a votação.

A pressão da opinião pública derrotou um ataque contra a liberdade da internet em 2009 e nós podemos fazer isso de novo! O projeto de lei tramita neste momento em três comissões da Câmara dos Deputados e esses políticos estão observando atentamente a reação da opinião pública nos dias que antecedem à grande votação. Agora é nossa chance de lançar um protesto nacional e forçá-los a proteger as liberdades da internet.

O Brasil tem mais de 75 milhões de internautas e se nos unirmos nossas vozes poderão ser ensurdecedoras. Envie uma mensagem agora mesmo às lideranças das comissões de Constituição e Justiça, Ciência e Tecnologia e Segurança Pública e depois divulgue a campanha entre seus amigos e familiares em todo o Brasil:

http://www.avaaz.org/po/save_brazils_internet/?vl

O projeto de lei do deputado Azeredo sobre a internet supostamente teria o objetivo de nos proteger contra fraudadores e hackers. Porém, como alguém que faz uma cirurgia com uma motosserra, as normas excessivamente cautelosas impostas pelo projeto de lei trariam altíssimos custos sem de fato cumprir seu objetivo. Em vez de capturar os verdadeiros criminosos, elas penalizariam todos nós. Por esse motivo, até mesmo o importante site anti-pedofilia, o SaferNet é contra o PL Azeredo.

Se esse projeto de lei for aprovado, nossa privacidade e liberdade de expressão, criação e acesso on-line ficarão gravemente limitadas. Pior que isso, os provedores de internet que mantêm informações detalhadas sobre nosso histórico de navegação na internet passarão a ser “policiais virtuais” monitorando os usuários a todo momento.

O projeto de lei tem circulado em Brasília por mais de uma década, e a pressão da opinião pública já o derrotou antes. Em 2009, uma consulta pública sobre o “Marco Civil da Internet” barrou o andamento do projeto. Mas alguns meses atrás, o deputado Azeredo tentou apressar a aprovação no Congresso, usando os ataques de crackers aos sites do governo como desculpa. Um novo Congresso e uma maior conscientização sobre as amplas implicações do projeto de lei significam que nossas vozes poderão fazer a diferença. Envie agora mesmo uma mensagem às lideranças na Câmara:

http://www.avaaz.org/po/save_brazils_internet/?vl

Infelizmente, o PL Azeredo não é a única lei desse tipo. Em todo o mundo, na Índia, Turquia, Estados Unidos e outros países, a liberdade da internet está sob ataque promovido por iniciativas similares. Mas os membros da Avaaz nesses países estão se mobilizando. Vamos fazer a nossa parte neste movimento popular global em defesa da web barrando o PL Azeredo.

Com esperança,

Emma, David, Ricken, Maria Paz, Giulia, Rewan e a equipe da Avaaz

FONTES:

Petição do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, instituição parceira da Avaaz:
http://www.idec.org.br/campanhas/facadiferenca.aspx?idc=24

Liberdade de internautas no Brasil pode estar com os dias contados (Portal Imprensa):
http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/43707/liberdade+de+internautas+no+brasil+pode+estar+com+os+dias+contados/

Entenda o que é o marco civil da internet (UOL):
http://tecnologia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2010/06/09/entenda-o-que-e-o-marco-civil-da-internet.jhtm

'AI-5 digital' volta a circular no Congresso (Rede Brasil Atual):
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/tecnologia/2011/06/ai-5-digital-volta-a-circular-pelo-congresso


Apoie a comunidade da Avaaz!
Nós somos totalmente sustentados por doações de indivíduos, não aceitamos financiamento de governos ou empresas. Nossa equipe dedicada garante que até as menores doações sejam bem aproveitadas: 

Um pensamento jurídico um pouco diferente do pessoal da Avaaz pode ser encontrado nesse artigo postado no blog Clickjuris. Veja:

terça-feira, 2 de agosto de 2011

193º Serão Poético em Sete Lagoas

XXIV Festival da Juventude em Contagem

1º Sarau Tropeiro de Poesia Virtual na Web 2011

Sarau na rede - 1º Sarau Tropeiro de Poesia Virtual na web 2011- Regras

Objetivo: Incentivar o hábito da leitura literária e da escrita.Trata-se de uma mostra de poesia. Incentivamos a todas as pessoas, em qualquer língua ( acompanhado da tradução para o português ), a nos enviar sua contribuição poética para o SARAU NA REDE.
Gêneros: poesia, poema, trova, quadra, letra de canção, poesia visual, prosa poetica, causo, piada, dístico, aforisma.
Tema: livre, desde que respeitado os padrões mínimos de respeito humano e da ética, sempre com TOLERÂNCIA, sem preconceitos de qualquer espécie.
Tamanho:  máximo 30 linhas.
Formato: em letras arial, tamanho 12, se imagem ou letras maiores, que não ultrapasse esse espaço. Se poesia visual, enviar arquivo em jpg. Colocar nome da cidade e estado de origem.
Quantidade: 1 (um) texto por participante/mês.
Em assunto: Participar do Sarau na rede.
Responsáveis: Ricardo Evangelista e Sueli Silva.
Todo início mês, a partir de 01 de julho de 2011,  este espaço disponibilizará a postagem com as contribuições poéticas  ( publicaremos no máximo de 10 poesias, textos literários/mês ).
Os textos devem ser preferencialmente, do responsável pela autoria. Textos de outrem ou de domínio público, devem citar fonte e respeitar o direito de autor.
Data de duração: período indeterminado. 
Gratuito!!!
Texto: Ricardo Evangelista

Abraço do SARAU TROPEIRO - 7ANOS FAZENDO ARTE E ABRINDO NOVAS TRILHAS.

Tropeirauta Produções 
http://sarautropeiro.blogspot.com
faacebok.com/ricardoevangelista2
twitter:@sarautropeiro
F:(31)96920283
End.: R. Princesa Iabel, 534 c1 , Copacabana, BH/MG 
Cep 31540510