quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Carência de atitude

A Sociedade da Constatação

Nos últimos dias a imprensa mineira tem chamado a atenção para o aumento do consumo de crack principalmente nas pequenas cidades do estado.

O papel da Imprensa é sempre esse: colocar na pauta problemas que começam a assustar por seu crescimento exponencial e os riscos que isso significa para qualquer governabilidade.

Pode parecer frio e asséptico, mas todos os governos trabalham com estatísticas, pesquisas, números registrados. Qualquer fato que esteja fora desses parâmetros é considerado folclore.

Qualquer campanha de conscientização só começa a surtir efeito ao longo prazo (acontecendo de modo contínuo) e se todos os extratos e substratos da sociedade estiverem envolvidos nela. Campanhas sazonais, trabalhos escolares valendo nota para o bimestre podem ser extremamente educativos, mas não diminuem a porcentagem de viciados em qualquer coisa. Internet, por exemplo.

Até que ponto as pessoas conseguem resistir ao apelo das drogas? Até que ponto a droga é interessante economicamente para os governos? Só pode aumentar o consumo daquilo que é ofertado fartamente. Até que ponto a repressão é eficiente? Não vale responder até o ponto de venda mais próximo legal ou ilegalmente. Está recolhendo ICMS? Está em dia com o fisco? E o consumidor como fica nessa história? No final das contas quem é mais lesado: o infeliz do cidadão drogado e prostituido pela idéia de prazer instantâneo ou o estado que perde em arrecadação? Até há pouquíssimo tempo o cidadão era estimulado a fumar cigarros com substâncias desconhecidas em horário nobre de televisão e tudo estava certo. Homens ficaram impotentes, fetos foram afetados para sempre, mulheres morreram cancerígenas e ninguém foi indenizado por isso.

O mercado sinistro aposta altas fichas na falta de consciência do consumidor. Como esse texto afirma: consciência é habilidade que se adquire ao longo prazo e blá, blá, blá.

sábado, 5 de dezembro de 2009

DISSEMINAÇÃO IV - 15 - 18/12 - vejam animação de Jackson Abacatu




DISSEMINAÇÃO IV
 
MOSTRA DE CINEMA E VIDEO EXPERIMENTAIS
 
Abertura, performances e exibição
dos curtas selecionados,
15/12, terça –feira, 19hs
 
Mais exibições nos dias 16, 17, 18 - 19 às 20hs
 
 
vejam :::::::
Jackson Abacatu (OPA!)
com a animação "Routine"
 
 
Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537 Centro / BH
3236-7333
 
 
Programação completa no site

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Andanças Poéticas - 2009



Participaram desses encontros e reecontros literários os poetas Vinícius Fernandes Cardoso, Diovvani Mendonça, Leonardo de Magalhaens, Yendis Asor Said, Wilmar Silva, Laila, Sebástian, Rodrigo Starling, Jackson Abacatu, Rogério Salgado, Lecy e Jonas Pereira.




2009


Há o antes e o depois

Importa-se e exporta-se

O que viaja em coração-mente

Semente de breve espaço-tempo

Esquecer é sinônimo de não querer

A realidade é o coração como roda

Dizia a tecnopop Língua Humana

Querer é sinônimo de lembrar

De um sonho das fases da lua

Vivo é o verão do nosso tempo

Raios de sol anunciam o presente.



Lecy Pereira Sousa

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre Peter Pan - um ensaio

sobre “Peter Pan” (ou “Peter and Wendy”, 1911)


do autor escocês Sir James M Barrie (1860-1937)






Literatura enquanto Fantasia





Parte 3 – Peter Pan









Nas partes anteriores, foi discutido a Fantasia e o

Maravilhoso em “Alice no País das Maravilhas”, quando

fenômeno aceito sem hesitações, como algo 'natural',

também a Fantasia enquanto a realização (ou satisfação)

de um desejo de posse de algo que as personagens

possuem e nem sabem disso, na leitura de “Mágico de

Oz”. Em “Peter Pan” pode se encontrar o desejo de algo

fora, uma vontade acima do dever, a busca de outro (tal

qual na 'fantasia sexual', em busca de um Objeto de

satisfação). Assim é, pois o menino Peter, ou Peter Pan,

tem o arraigado desejo de não crescer, uma vontade

férrea de ser sempre criança.





Ser criança, conservar a infância, não ficar adulto, não

envelhecer. Fisicamente em florescência. Mas, principal-

mente, não ter responsabilidades, não entrar no 'mundo

adulto', não ser 'domesticado'. Uma criança enquanto

ser de impulsos, fartura de energia, olhar de curiosidade,

vontade de potência, egocentrismo inocente, pedantismo

ingênuo.





Ou criança para viver num mundo imaginado, re-criado

ao gosto e (in)conviniência, dado de antemão em sonhos

(e pesadelos), re-estruturado em palavras de contos e

recontos, e pronta para viajar (sim, voando!) para este

mundo imaginado. Um mundo ao qual somente as crianças,

curiosas, inventivas, inocentes, ingênuas, de pensamento

leve, enfim, raríssimas, têm acesso.
 
http://leoliteratura.zip.net/