quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Carência de atitude

A Sociedade da Constatação

Nos últimos dias a imprensa mineira tem chamado a atenção para o aumento do consumo de crack principalmente nas pequenas cidades do estado.

O papel da Imprensa é sempre esse: colocar na pauta problemas que começam a assustar por seu crescimento exponencial e os riscos que isso significa para qualquer governabilidade.

Pode parecer frio e asséptico, mas todos os governos trabalham com estatísticas, pesquisas, números registrados. Qualquer fato que esteja fora desses parâmetros é considerado folclore.

Qualquer campanha de conscientização só começa a surtir efeito ao longo prazo (acontecendo de modo contínuo) e se todos os extratos e substratos da sociedade estiverem envolvidos nela. Campanhas sazonais, trabalhos escolares valendo nota para o bimestre podem ser extremamente educativos, mas não diminuem a porcentagem de viciados em qualquer coisa. Internet, por exemplo.

Até que ponto as pessoas conseguem resistir ao apelo das drogas? Até que ponto a droga é interessante economicamente para os governos? Só pode aumentar o consumo daquilo que é ofertado fartamente. Até que ponto a repressão é eficiente? Não vale responder até o ponto de venda mais próximo legal ou ilegalmente. Está recolhendo ICMS? Está em dia com o fisco? E o consumidor como fica nessa história? No final das contas quem é mais lesado: o infeliz do cidadão drogado e prostituido pela idéia de prazer instantâneo ou o estado que perde em arrecadação? Até há pouquíssimo tempo o cidadão era estimulado a fumar cigarros com substâncias desconhecidas em horário nobre de televisão e tudo estava certo. Homens ficaram impotentes, fetos foram afetados para sempre, mulheres morreram cancerígenas e ninguém foi indenizado por isso.

O mercado sinistro aposta altas fichas na falta de consciência do consumidor. Como esse texto afirma: consciência é habilidade que se adquire ao longo prazo e blá, blá, blá.

sábado, 5 de dezembro de 2009

DISSEMINAÇÃO IV - 15 - 18/12 - vejam animação de Jackson Abacatu




DISSEMINAÇÃO IV
 
MOSTRA DE CINEMA E VIDEO EXPERIMENTAIS
 
Abertura, performances e exibição
dos curtas selecionados,
15/12, terça –feira, 19hs
 
Mais exibições nos dias 16, 17, 18 - 19 às 20hs
 
 
vejam :::::::
Jackson Abacatu (OPA!)
com a animação "Routine"
 
 
Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537 Centro / BH
3236-7333
 
 
Programação completa no site

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Andanças Poéticas - 2009



Participaram desses encontros e reecontros literários os poetas Vinícius Fernandes Cardoso, Diovvani Mendonça, Leonardo de Magalhaens, Yendis Asor Said, Wilmar Silva, Laila, Sebástian, Rodrigo Starling, Jackson Abacatu, Rogério Salgado, Lecy e Jonas Pereira.




2009


Há o antes e o depois

Importa-se e exporta-se

O que viaja em coração-mente

Semente de breve espaço-tempo

Esquecer é sinônimo de não querer

A realidade é o coração como roda

Dizia a tecnopop Língua Humana

Querer é sinônimo de lembrar

De um sonho das fases da lua

Vivo é o verão do nosso tempo

Raios de sol anunciam o presente.



Lecy Pereira Sousa

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre Peter Pan - um ensaio

sobre “Peter Pan” (ou “Peter and Wendy”, 1911)


do autor escocês Sir James M Barrie (1860-1937)






Literatura enquanto Fantasia





Parte 3 – Peter Pan









Nas partes anteriores, foi discutido a Fantasia e o

Maravilhoso em “Alice no País das Maravilhas”, quando

fenômeno aceito sem hesitações, como algo 'natural',

também a Fantasia enquanto a realização (ou satisfação)

de um desejo de posse de algo que as personagens

possuem e nem sabem disso, na leitura de “Mágico de

Oz”. Em “Peter Pan” pode se encontrar o desejo de algo

fora, uma vontade acima do dever, a busca de outro (tal

qual na 'fantasia sexual', em busca de um Objeto de

satisfação). Assim é, pois o menino Peter, ou Peter Pan,

tem o arraigado desejo de não crescer, uma vontade

férrea de ser sempre criança.





Ser criança, conservar a infância, não ficar adulto, não

envelhecer. Fisicamente em florescência. Mas, principal-

mente, não ter responsabilidades, não entrar no 'mundo

adulto', não ser 'domesticado'. Uma criança enquanto

ser de impulsos, fartura de energia, olhar de curiosidade,

vontade de potência, egocentrismo inocente, pedantismo

ingênuo.





Ou criança para viver num mundo imaginado, re-criado

ao gosto e (in)conviniência, dado de antemão em sonhos

(e pesadelos), re-estruturado em palavras de contos e

recontos, e pronta para viajar (sim, voando!) para este

mundo imaginado. Um mundo ao qual somente as crianças,

curiosas, inventivas, inocentes, ingênuas, de pensamento

leve, enfim, raríssimas, têm acesso.
 
http://leoliteratura.zip.net/

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fotos de Poesia na Praça Sete

Lecy:


segue fotos de sua apresentação no Poesia na Praça Sete, dia 28/08/2009.

As fotos são de autoria de Filipe Marks.

Abraços,



Rogério Salgado.

Poeta idealizador do Projeto Poesia a Praça Sete
http://www.poesianapracasete.com/





Na foto acima, momento de descontração, em dia de ventania, com  Rogério Salgado e Virgilene Araújo.






domingo, 29 de novembro de 2009

Ainda bem que há lan houses no Brasil

Sou leitor do Gilberto Dimenstein. Cidadão de Papel é um dos seus livros que sempre será atual no Brasil.

Quanto a questão da má distribuição de renda no país está claro que "as elites" não têm a menor pressa ou interesse em modificar essa quadro. O Cidadão de Papel que se lasque.

 Enquanto isso os governantes do Distrito Federal, um após outro, se vêm envolvidos em propinagens milionárias. A Justiça do país cuidará do caso e por falta de provas concretas (hoje em dia nem o flagrante é prova concreta) arquivará o caso e vamos pro Carnaval e para a Copa do Mundo...

Viva as lan houses! Há muitos ricos montando lan houses, diga-se de passagem.


O texto abaixo foi repassado pelo grupo Viciados em Livros (muitos membros do grupo usam lan house):

GILBERTO DIMENSTEIN




Banda larga de pobre se chama lan house





A inclusão digital é um processo sem nenhum incentivo do governo; é preciso tirar as lan houses da informalidade









A UNIVERSALIZAÇÃO do acesso à banda larga transformou-se na última grande bandeira social do presidente Lula. Mas as próprias estimativas oficiais indicam que, para a ideia sair do papel, seriam necessários pelo menos 5 anos e, no mínimo, R$ 180 bilhões.

Para se ter, na prática, o acesso dos mais pobres a uma conexão veloz de internet, bastaria investir na rede de lan houses espalhada pelo país. Com muito menos dinheiro -aliás, com apenas uma pequena parcela daquela cifra bilionária- seria possível ampliar a rede, tirá-la da informalidade e sofisticá-la imediatamente.






São 108 mil lan houses e, só para dar uma medida de comparação, temos, em todo o país, menos de 20 mil agências bancárias.

Por essa rede, instalada nas periferias e nos bairros mais pobres, circulam 31 milhões de pessoas, o que representa, segundo o Ibope, 48% de todos os brasileiros que acessam a internet.

Do total de frequentadores das lan houses, 24 milhões são das classes C, D e E. É um espaço, como todos sabem, onde imperam os mais jovens. De cada dez adolescentes entre 10 a 15 anos, seis passam por lá.

A tradução é a seguinte: a inclusão digital no Brasil é um processo clandestino, sem nenhum incentivo do governo. Banda larga de pobre se chama lan house.




A imagem do negócio das lan houses é, no geral, ruim. Pais e educadores acreditam (e com boa dose de razão) que os jovens ficam nas lan houses jogando dinheiro fora em jogos, conversas em chats ou visitas a sites pornográficos.

Mas começa um movimento -que envolve as mais diferentes entidades e que tem ramificações no Congresso- para que o governo ofereça pacotes de incentivo para o mercado de lan houses. A contrapartida seria a exigência de um código de conduta, como, por exemplo, um filtro contra pornografia.

Pipocam aqui e ali experiências interessantes. Em algumas cidades, criou-se um vale-internet para estudantes -isso se houver na lan house a presença de um professor que tem como missão ajudar os alunos.

Na periferia de cidades do Nordeste, a prefeitura fez desses espaços um centro de atendimento da população -em Salvador, é possível iniciar ali o processo de alvará.

Já existe uma série de serviços oferecidos em lan houses: venda de crédito para celular, fax, gráfica, fotocópia, manutenção de computador. Existe até venda de passagem aérea.



Segundo propostas que tramitam no Congresso, um dos incentivos seria pagar os donos dos estabelecimentos se funcionarem também como uma espécie de "Poupatempo", o que aproximará o poder público do cidadão.

Discute-se a criação de um vale-internet, assim como se criou o vale-cultura. Há quem proponha que as lan houses não precisariam pagar pelas conexões, a serem bancadas pelos governos -existe um bilionário fundo para a democratização da informática (Fust), que já arrecadou R$ 8 bilhões e, por falta de regulamentação, não usou um único centavo.



A proposta mais interessante partiu da TV Cultura, que arregimentou parceiros de peso como o Comitê Gestor da Internet, Sesc, Senac, Itaú Cultural, Secretaria de Gestão do Estado de São Paulo, Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital, entre outros.

O que se pretende é colocar na barra de favoritos dos computadores das lan houses um botão que conduza a cursos profissionalizantes, programas educativos e cultura de qualidade. Quanto mais o botão fosse acionado, haveria mais prêmios para a casa.

Jovens seriam capacitados para o uso desses recursos e se tornariam monitores. Na cidade de São Paulo, a prefeitura criou um curso para a formação de agentes comunitários de comunicação. Tenho acompanhado a formação desses jovens de periferia que, em pouco tempo, aprendem como ensinar a usar melhor a internet.



Não estou defendendo aqui que não se amplie o acesso à internet. Só estou alertando para o desperdício -a grande praga do setor público.

Nessa área, o desperdício tem sido a regra, a começar com o Fust e seus R$ 8 bilhões parados. Pesquisas têm demonstrado que o computador nas escolas não está alterando o desempenho dos alunos -isso, claro, por falta de capacitação dos professores. Afinal, é mais fácil comprar máquinas que formar pessoas.


Tirar as lan houses da informalidade e transformá-las em centros comunitários digitais -e até em extensão das escolas- pode não ter o mesmo impacto de marketing que prometer a banda larga na casa das pessoas. No entanto, consegue, com rapidez e baixo custo, incluir mais pessoas na era do conhecimento, aproveitando toda a infraestrutura instalada.



PS- Coloquei no site, http://www.dimenstein.com.br/ , textos que detalham o perfil das lan houses no Brasil.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CELEBRAÇÃO



CELEBRAÇÃO
 
Paulinho Andrade & convidados muito especiais,
interpretando textos de sua autoria.
Convidados: Wanderson Nov@ato
Paulo Cezar Nogueira
Wilmar Silva
Zebeto Corrêa
Rogério Salgado & Virgilene Araújo
Emerson Bastos
Diovvani Mendonça
 
Terças Poéticas:  dia 24/11/2009 – 18:30h
Jardins Internos do Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537 – BH/MG
 
O projeto Terças Poéticas é uma parceria da Fundação Clóvis Salgado e Suplemento Literário de Minas Gerais.


domingo, 15 de novembro de 2009

Todos os suportes da Literatura

O Móbile Art propõe um novo conceito comercializável (naturalmente):

POETAS DEL MUNDO EM BELO HORIZONTE - MOMENTO HISTÓRICO





MOMENTOS HISTÓRICOS DO PRIMEIRO ENCONTRO DE POETAS DEL MUNDO EM BELO HORIZONTE-CAPITAL DAS ALTEROSAS E DAS MINAS GERAIS-11, 12, 13,14. AGRADECIMENTOS.

DIVULGAÇÃO POR JOÃO DRUMMOND-CÔNSUL POETA DEL MUNDO EM SETE LAGOAS-MINAS GERAIS QUE ESTEVE PRESENTE EM OITO PROGRAMAÇÕES ESPECÍFICAS.

Momento Histórico do Movimento

A Entidade líterocultural Poetas Del Mundo
promoveu entre os dias 11/12/13/14 de novembro de 2009,
o Primeiro Encontro de Poetas Del Mundo de Belo Horizonte.

O evento teve a coordenação de Silvia de Andrade Motta escritora e poeta. (Anfitriã Cônsul Poeta Del Mundo para a cidade de Belo Horizonte, Embaixadora Universal da Paz/Brasil/France/Suisse)

O credenciamento dos cônsules e poetas aconteceu dia 11/11 no Palácio das Artes (subsolo), que logo após foram agraciados com um espetáculo internacional no auditório do Palácio das Artes com a banda Nil Lus.
O espetáculo teve também um duplo lançamento: Romance com trilha sonora e CD gravado ao vivo no Montreux Jazz Festival – Suíça.
Nil Lus além de cantor e compositor é também cônsul de Poetas Del Mundo na Alemanha.

O Evento teve seqüência no dia 12/11, com uma sessão solene de homenagens
na Academia Mineira de Letras.
A sessão teve a presença de figuras ilustres:
O FUNDADOR-Secretario-Geral-MUNDIAL de Poetas Del Mundo – Luiz Ariaz Manzo. (Chile)

A Embaixadora de Poetas Del Mundo no Brasil e Subsecretaria para as Américas - Deslanieve Daspet.

O Cônsul de Poetas Del Mundo na França – Diva Pavesi

O Cônsul de Poetas Del Mundo em LUBECK, na Alemanha – Nil Lus.

A Cônsul de Poetas Del de Minas Gerais – Bilá Bernardes

O Cronista de Poetas Del Mundo no Brasil: Dr. Nelson Vieira de Souza, de Mato Grosso do Sul.

O Jornalista Chileno de Poetas Del Mundo (América do Sul) David Altamirano Hernandez,
além de cônsules de zonas da Grande Belo Horizonte e de outras cidades mineiras.

Sete Lagoas se fez representar pelo cônsul João Drummond.

Aluísio Pimenta representou o governador Aécio Neves.

José Maria Rabelo representou o presidente da Academia Mineira de Letras Murilo Badaró.

A vereadora Maria Lucia Scarpelli representou a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte.

O Coral Libertas do Palácio da Liberdade abrilhantou o evento cantando o Hino Nacional Brasileiro.

O Hino do Chile foi tocado em homenagem aos irmãos poetas daquele País.

Luiz Ariaz Manzo encerrou a sessão com uma breve fala sobre a necessidade dos poetas se manterem firmes em seus propósitos de trabalhar a poesia como instrumento de paz e humanidade.
Entende a poesia como o instrumento para se derrubar os muros de exclusão e preconceitos que separam pessoas e povos.
Lembrou a importância dos cônsules e poetas se manterem humildes e simples em sua missão e não se deixarem seduzir pelo "canto da sereia" ou armadilhas dos egos. O foco de Poetas Del Mundo são as pessoas em situação de risco e ameaçadas em sua dignidade e segurança.

À tarde, na Associação Mineira de Imprensa, a cônsul de Poetas Del Mundo na França, Diva Pavesi brindou os Poetas Del Mundo e convidados com uma bela palestra lembrando o Ano da França no Brasil.

À noite os Poetas Del Mundo foram recebidos por Norma de Souza, no Museu de Arte e Cultura e Casa da Luz e Poesia.

O Evento histórico teve seqüência no dia 13 de novembro com plantio de uma muda de Pau-Brasil oferecida pelo Governo de Minas, representado pela Curadora do Palácio da Liberdade, Conceição Piló. O capineiro Edison Ramon de Jesus Gomes, funcionário do Parque Municipal de Belo Horizonte foi o responsável pela preparação do terreno e plantio , para marcar o "PRIMEIRO ENCONTRO DE POETAS DEL MUNDO EM BELO HORIZONTE-CAPITAL DAS ALTEROSAS E DAS MINAS GERAIS."

Prosseguiu com caminhada e visita à Exposição Galeria da Árvore & Recital Sementes de Poesia – MUNAP: Museu Nacional de Poesia, especial para Poetas Del Mundo no Parque Municipal, organizado pela Curadora Poeta Del Mundo Regina Mello.

Continua... . Comentário de Sílvia Araújo Motta 2 horas atrás Continuação:

À tarde teve passeio à Praça da Liberdade, caminhada pela Paz e pela Vida e visita ao Palácio da Liberdade,
com a presença do GRUPO FOLCLÓRICO BOI ROSADO, de Guimarães Rosa.

À noite o evento teve seu encerramento em Belo Horizonte no Espaço Mix Cultural Líber Livros na Av. Getulio Vargas na Savassi, organizado por Poetas Del Mundo, Ana Cruz e Jaak Bosmans.

No dia 14 de novembro Poetas Del Mundo seguiu para um passeio a Ouro Preto. Os Embaixadores, Cônsules e Poetas Del Mundo foram recepcionados, pelo Ministro Interino da Cultura, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, Prefeito da Cidade, com atenção especial ao grupo.

Após o evento será formado um grupo para redigir a Carta - Manifesto abordando temas da PAZ – MEIO AMBIENTE – SOLIDARIEDADE ENTRE OS POVOS – VIOLÊNCIA – FOME – POESIA. Os nomes serão apresentados pela Organização do Evento e a Carta – Manifesto deverá ser entregues em até 15 dias após a data do encerramento.

A sede de Poetas Del Mundo na capital mineira passará a funcionar provisoriamente na AMI – Associação Mineira de Imprensa, à Rua da Bahia 1450, no prédio ao lado da Academia Mineira de Letras, com reuniões quinzenais.

Deslanieve Daspet declarou durante o evento, que Poetas Del Mundo forma hoje uma Nação irmanada na poesia, e cujo Chefe de Estado é o poeta chileno Luis Ariaz Manzo. Há uma previsão de se formar um corpo diplomático nacional para coordenar todas nas ações de Poetas Del Mundo no Brasil e no mundo.

O Brasil é país de destaque no movimento contribuindo com o maior numero de poetas.

João Drummond
Cônsul de Poetas Del Mundo Em Sete Lagoas - MG

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Postado por J. B. Drummond no RUMO CULTURAL/ POÉTICAS em 11/15/2009 02:27:00 AM

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

convite palestra prof Luiz Carlos Maciel




Palestra do professor Luiz Carlos Junqueira Maciel, na Academia Mineira de Letras, rua da bahia 1466, quinta feira, dia 12 de novembro, 17 horas, entrada franca.
Tema: Antes do baile verde, contos de Lygia Fagudes Telles

Adriano Ribeiro
Coach e Mentor Isor®
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"Todo bem que eu puder fazer sobre a terra, que eu o faça agora, porque nunca mais tornarei a passar por este caminho."
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Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2662848014950489
Página pessoal: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=4966



sábado, 7 de novembro de 2009

PORTUGUESIA CONTRAANTOLOGIA





PORTUGUESIA – AO SERVIÇO DO VERBO

Ruy Ventura


Não é com ingenuidade que se coloca num volume com cerca de 500 páginas o subtítulo "Contraantologia". Nem é com inocência que um dos primeiros poemas incluídos nesse tomo afirma que "ou se gosta / ou não se gosta", concluindo – antes dum peremptório "eu" – ser "impossível determinar o conteúdo deste livro" e acabando por sugerir: "podes chamar-lhe poesia, podes chamar-lhe nevoeiro". Os ágrafos – a quem este trabalho monumental do poeta mineiro Wilmar Silva é dedicado – terão certamente uma palavra a dizer, agentes de um trabalho de dissolução da autoria, que (num mais ou menos longo e mais ou menos complexo processo de produtransmissão) conduziu sempre ao desaparecimento da paternidade/maternidade do texto e ao seu anonimato. Também não será inconsciente a colocação na capa do primeiro volume da Portuguesia uma reminiscência do primeiro símbolo nacional dos falantes de língua portuguesa – cruz azul sobre prata –, a lembrar talvez os propósitos deste projecto: descer às raízes da língua e da sua palavra para aí descobrir a autenticidade poética de um vasto mundo, transversal a vários continentes.

*

Afirmar que uma antologia é o seu contrário exige resultados consequentes. Contrariar hábitos instalados – quase nunca justificados e nem sempre justificáveis – obriga a uma responsabilidade acrescida.
Convenhamos. Há antologias de poemas e há antologias de poetas. Às primeiras interessa a palavra, servida estética e/ou filosoficamente – os poemas, tornados quase anónimos, neles buscando e apresentando valores intrínsecos. Nas segundas, são os autores que determinam tudo ou quase tudo – mais como ícones do que como índices, para utilizar os termos felizes de E. M. Melo e Castro –, enquanto figuras históricas, localizadas no espaço e/ou no tempo, rodeadas ou não de notoriedade pública. São olhares completamente diferentes sobre o texto: num caso, interessa a Poesia; no outro, a Literatura, a sua História e/ou a sua Sociologia. As primeiras (independentemente do seu nível de conseguimento estético e da capacidade de organização do antologiador) serão sempre obras de arte, na sua composição entrelaçada, entrançada. As segundas só terão interesse enquanto objectos de estudo histórico, quando a elas preside um desejo de registo, de homenagem ou de afirmação, a vontade recuperar uma memória perdida ou o propósito de analisar o tratamento dado a um determinado tema num tempo mais ou menos alargado; a consideração artística da antologia dificilmente terá em conta o livro inteiro, mas cada um dos poemas, enquanto objecto de Arte individual.
Wilmar Silva, ao organizar a sua Portuguesia, escolheu – quanto a mim – o melhor caminho. Deixando para o final do livro a indicação da autoria dos poemas irmanados ao longo de mais de quatro centenas de páginas, colocou-se ao serviço da palavra – logo, da Poesia – transformando o seu trabalho numa obra de Arte que nos obriga a uma aproximação global da sequência, seja qual for a nossa opinião sobre cada um dos textos escolhidos. Colocados como estão, os 484 poemas apresentam mesmo uma linha que tem tanto de narrativa quanto de ensaio – a requerer uma leitura múltipla, unificada e unificante.
Esta "contraantologia" corresponde, portanto, a uma abordagem conceptual da poesia que se faz hoje em Portugal, no Brasil (Minas Gerais), em Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste. Valorizando a palavra, opõe-se à valorização do autor enquanto ícone de fama e de notoriedade, quantas vezes sem capacidade fazedora correspondente, não conseguindo sair da mera produção epigonal, inofensiva.

*

Um livro como este tem a vantagem da surpresa, se nos deixarmos levar pela proposta do seu edificador. O jogo estruturado por Wilmar Silva não facilita a identificação do autor do poema lido, embora a permita. É essa organização que, no entanto, valoriza a obra. Deslumbramo-nos com poemas de autores que desconhecíamos, desgostamo-nos com textos de poetas estimados, confirmamos adesões ou exclusões, percebemos quanto trabalhou o poeta de Yguarani para encontrar na produção de um determinado nome algo que não fosse indigno.

*

Ao ler uma e outra vez este grosso volume – acompanhado por um dvd em que os poemas surgem ditos pelos seus autores empíricos – tentei não falsear a proposta desta obra de Arte. Fui lendo e apontando os códigos alfanuméricos que ladeiam cada poema, para no final estabelecer a minha lista de preferências – não de poetas, mas de poemas. Não me custa afirmar que li com muito gosto os textos de Adolfo Maurício Pereira, Adriano Menezes, Alexandre Nave, Ana B., Ana Viana, André Sebastião, Arménio Vieira, Daniel Bilac, E. M. Melo e Castro, Edimilson de Almeida Pereira, Fabrício Marques, Fernando Aguiar, Fernando Fábio Fiorese Furtado, Guido Bilharinho, Iacyr Anderson Freitas, João Miguel Henriques, João Rasteiro, Joaquim Palmeira, Jorge Melícias, José Luís Peixoto, José Rui Teixeira, Luiz Edmundo Alves, Márcio Almeida, Márcio Catunda, Milton César Pontes, Narciso Durães, Nuno Rebocho, Pedro Mexia, Prisca Agustoni, Rui Costa, Rui Lage, Tânia Alice, Valter Hugo Mãe, Wagner Moreira – entre outros que não menciono aqui para não alongar a lista.
Nuns casos confirmei preferências antigas; noutros, surpreendi-me a apreciar poemas de autores cuja obra pouco considero; especialmente saborosas foram as descobertas de poéticas completamente desconhecidas, inclusive de autores residentes dentro do rectângulo ibérico que é Portugal.

*

Há exclusões "lamentáveis" – como diria um crítico sem boas intenções ou um poeta despeitado? Ausências, sim. Exclusões, não, muito menos "lamentáveis". Wilmar Silva pretende editar outros volumes da sua Portuguesia em que muitos ausentes se farão presentes, numa demanda que lhe ocupará a vida inteira – conforme confidenciou no encontro ocorrido em Julho passado, no Centro de Estudos Camilianos, em Seide. Quanta gente precisa de cartografar no oceano da poesia escrita em língua portuguesa! O esforço valerá a pena, certos estando de que continuará a contrantologiar, isto é, a valorizar os poemas – porque a Poesia se faz com eles, como afirmou Ruy Belo –, relegando os poetas para o lugar discreto que lhes compete.


NOTA: Portuguesia é editada pela Anome Livros, sediada em Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil). Página: www.anomelivros.com.br Endereço electrónico: wilmarsilva@wilmarsilva.com.br


Publicado aqui:
http://www.triplov.com/poesia/ruy_ventura/2009/portuguesia.htm

E aqui:




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Publicada por RUY VENTURA em Estrada do Alicerce a 10/07/2009 02:39:00 PM

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Giordano Bruno fala aos seus julgadores (CARLOS NEJAR)



CARLOS NEJAR


GIORDANO BRUNO FALA AOS SEUS JULGADORES

Não é a mim
que condenais.

Nada podeis
roubar-me.
A verdade sofreu
e eu sofri
no grão dos ossos.

A vida não me veio
para mim.
E servirei de vau
a seu moinho.

Não cedo
o que aprendi,

Prefiro o fogo
à vossa complacência.
E o fogo não remói
o que está vendo.
Abre flancos
no avental
das cinzas esbraseadas.

O fogo
de flamejante língua
e sem coleira
morde.
E testemunha
sem favor dos anjos.

Não é a mim
que condenais.

A Inquisição
vos fragmentou
e ao vosso juízo.
A ciência toda
á apreência de outra
que nada em nós
como se fora água
do coração.


Carlos Nejar


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

As guerras no olhar das crianças (ensaio)




As guerras no olhar das crianças


(ensaio)

"A desumanidade do homem para com o homem,
e ainda pior, para as crianças"
("Man's inhumanity to man and worse still,
to child")(The Cranberries)

e ainda: "Mais de dois milhões de crianças foram mortas em guerras nos
últimos dez anos, enquanto seis milhões ficaram mutiladas, 12 milhões
perderam suas casas e mais de 10 milhões sofreram danos psicológicos
irrevesíveis. O trágico quadro foi denunciado pela ONU e os dados
mostram que estamos diante de um novo holocausto de inocentes."
(Estado de Minas, 13 de outubro de 1998)


Crianças jogadas no furor da guerra dos adultos imaturos, crianças
que não sabem o que sejam certo ou errado (e os adultos sabem?),
não importa sedo 'lado certo' ou do 'lado errado' – precisam se
defender e atacar...

Que liberdade tinha a Anne Frank? Ou o Shmuel de "O Menino do
Pijama Listrado"? Ou a Zlata em Sarajevo, campo de batalha urbano?

Que liberdade há? Os arautos da liberdade (existencial, política,
social) não sabem... O que Sartre queria dizer com "condenados à
liberdade"? Ou com "fazermos algo do que fizeram de nós"? Ou
textualmente: "O importante não é aquilo que fazem de nós, mas
o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós."

A liberdade é escolher entre cartas já marcadas? E quando se
nasce num campo de concentração? Ou num campo de batalha?
Nascemos num dado contexto histórico, aprendemos um idioma,
servimos a umapátria, além de um patrão... Os líderes 'formatam'
seus seguidores desde criança – vide a Juventude Leninista,
o Komsomol, ou a Juventude Hitlerista, a Hitlerjugend.


Está na moda (e no mercado) os livros best-sellers sobre crianças
nas guerras, ou melhor, sobre as guerras vivenciadas pelas crianças.
A referência é um dos livros mais famosos (e clássicos) sobre a
temática – o "Diário de Anne Frank", publicado após a Segunda
Guerra Mundial, pelo pai da menina, ela que não sobreviveu ao campo
de concentração. Trata da invasão da Holanda, em 1940, a
perseguição aos cidadãos judeus, obrigados a buscar refúgio em
porões, em sótãos, a viverem em dependência de vizinhos, que
driblam as políticas nazistas de prisão e extermínio.

Tamanho é o poder do testemunho de Anne – que praticamente
passou de criança à adolescente num sótão abafado, a lidar com
a puberdade entre os conflitos internos (dos pais, dos vizinhos)
e externos (a guerra entre os Aliados e os nazistas), e tentando
descrever tudo isso numa prosa que evidencia a grande escritora
que perdemos.

Depois, em pleno pós-Guerra Fria, com o fim do 'socialismo real'
(que o capitalismo real festejou!), com a implosão da URSS e com
a guerra civil na Iugoslávia, fez alarde um "Diário de Zlata" (1993),
aqui no Brasil, em edição traduzida o exemplar francês, "Le Journal
de Zlata", onde a menina Zlata Filipovic descreve a capital bósnia,
Sarajevo, sob ataque das forças sérvias, em 1992. Zlata foi mesmo
considerada uma "Anne Frank de Sarajevo", versão moderna do
drama "criança no teatro de guerra."

"Estão bombardeando, as granadas caem. É mesmo a GUERRA.
Papai e mamãe estão muito preocupados; ontem à noite eles
ficaram acordados até tarde, ficaram conversando muito tempo.
Estão tentando descobrir o que fazer, mas está difícil ter bom senso.
Será que devemos partir e nos separar, ou ficar aqui todos juntos?
(...) Percebo que a coisa vai mal. A paz chegou ao fim. A guerra
entrou de repente em nossa cidade, em nossa casa, em nossas
cabeças, em nossas vidas. É horrível. Tão horrível quanto ver mamãe
arrumar minha mala." (trad. Antonio de Macedo Soares &
Heloisa Jahn)

Outro best-seller do momento aborda a temática: "A menina que
roubava livros" (A Book Thief, 2005), do australiano Markus Zusak,
de ascendência germânica, a abordar o bombardeio das cidades
alemãs e o drama do Holocausto – a perseguição nazistas aos
judeus – sob o olhar de uma menina que adora surrupiar livros
alheios, e sobrevive aos golpes da morte ao redor. (Tanto que a
Morte passa a se interessar pela menina e narra a vicissitudes
da protagonista...)

Novamente abordando o Holocausto (já havendo toda uma
literatura, aceita ou não, acadêmica ou não, ficcional ou não,
sobre o tema Shoah...), temos – na perspectiva infantil – a obra
best-seller "O Menino do pijama listrado" ("The Boy in the
Striped Pyjamas", 2006, do irlandês John Boyne, onde Bruno, filho
de comandante nazista faz amizade com Shmuel, judeu (de pijama
listrado) na cercanias (e nas cercas) do campo de concentração de
Auschwitz. É uma fábula (diz a propaganda) sobre a amizade no
tempo de guerra, sobre as crianças que desconhecem o que seja
'inimigo', e morrem inocentes do perigo ao lado.

"O garoto era menor do que Bruno e estava sentado no chão com
uma expressão de desamparo. Ele vestia o mesmo pijama listrado
que todas as outras pessoas daquele lado da cerca, e um boné
listrado de pano. Não tinha sapatos ou meias, e os pés estavam
um pouco sujos. No braço ele trazia uma braçadeira com uma
estrela desenhada." (trad. Augusto Pacheco Calil)

O livro gerou tamanha repercussão que já virou filme, em 2008,
sob direção de Mark Herman, com o jovem ator (nascido em 1997)
Asa Butterfield, no papel do protagonista Bruno, que no livro tem
nove anos. A inocente criança moída e consumida pelas engrenagens
da guerra. Para muitos, uma criança 'inocente até demais', que
não percebe morar ao lado de uma enorme prisão, onde as pessoas
de pijamas listrados gradativamente desaparecem...

Como uma alegoria do ex-patriado temos a obra "Memórias de um
menino que se tornou estrangeiro", de 2007, do paulista Marcos
Cezar de Freitas, que mostra um menino-narrador, em fuga, dentro
da própria cidade bombardeada, em ruínas, perdendo as referências,
depois seguindo para terras estrangeiras, onde a guerra ainda não
chegou, e vendo-se 'estranho', a reconstruir sua identidade (dada
coletivamente, na família, na pátria, no mundo), enquanto a guerra
cria um imenso muro a separar as pessoas, os povos. Quem é o
estrangeiro? Quem é o inimigo? A guerra rotula e segmenta, cria
abismos sociais e perpetua preconceitos.

"De que país eu era, então? Meu país era um navio?" Indaga-se o
protagonista-narrador, ao ver-se partindo para o exílio, junto
aos refugiados, os cidadãos de outrora, agora obrigados a
depender a boa-vontade de outros cidadãos de outros países,
além das agências internacionais que trabalham para amenizar
os traumas das guerras. Mas em outra cidade de outro país,
serão sempre os estrangeiros, com outro idioma, outro modo
de vida, sempre em guettos, sempre temendo os 'pogroms',
pois a xenofobia é um vírus encubado a espera de uma
ocasião explosiva para se disseminar, atrás de novas vítimas.


Hoje as crianças na guerra são as africanas. O Primeiro-Mundo
vendeu seus arsenais (já ultrapassados!) para o Terceiro Mundo –
e agora são os pobres que se matam. Não há uma Guerra Mundial
entre imperialistas, mas Guerras Regionais entre tribos e etnias rivais,
entre interesses comerciais, entre crenças díspares, entre fronteiras
incertas. Como podemos ver no filme "O Senhor das Armas"
(Lord of War, USA, 2005, com Nicolas Cage), que mostra os
conflitos na Libéria, na Serra Leoa, no Sudão, no Líbano, que se
alimentam de armamentos contrabandeados do Leste europeu,
dos Estados Unidos, num grande mercado obscuro de armamentos,
"Não importa onde você vá, lá vai haver uma arma.", diz, irônico,
o protagonista, traficante de armas.

As crianças hoje são soldados-mirins, que empunham armas e
disseminam minas, vitimadas e vitimando, sofrendo ao lado dos
adultos e lutando ao lado (e contra) os exércitos, as guerrilhas,
os terroristas, em nome de deuses e etnias, de crenças e ideologias,
perdendo todas as promessas de um futuro.


Out/09


Leonardo de Magalhaens

 








terça-feira, 3 de novembro de 2009

Lançamento do Jovino






amar é abanar o rabo | lançamento
dia 7 de novembro, a partir das 11hs
no homer's bar
r. fernandes tourinho, 105
[ao lado da livraria scriptum]

PARA CONHECIMENTO - EIS UMA CAMPANHA DESENVOLVIDA POR POETAS DEL MUNDO - NACIONALMENTE, PODE SER FEITO ISSO - BASTA NÃO SERMOS PEQUENOS! AMIGOS - SIGAMOS!











Aos Poetas del Mundo

Contemplar o mundo, é deparar-se com a destruição
em toda a
sua abrangência.

A natureza que nos rodeia, extertora; valores
éticos, morais,
culturais, foram fragmentados. O humano ser perdeu
sua característica primordial: sua humanidade, 
acostumando-se a dilapidar o que e quem o rodeia... 
E a ser dilapidado.

Para aqueles que ainda mantêm a chama do respeito à
VIDA acesa 
dentro de si, é avassaladora a tristeza que lhes desperta
tão contraditória existência.

Porém, se num primeiro momento a sensação de
impotência ante o que vislumbram se faz presente 
em suas almas, logo ela é superada pela
indignação santa, que prontamente se transforma
em ação, e surge a voz que evoca:

"Poetas del Mundo, é chegado o momento em que
devemos unir as forças para defender a
continuidade da vida!".

E vem à luz um Movimento que nos insta a abandonar
nossos egos, para que nos tornemos uma unidade em
"cavalgada coletiva, colocando nosso dom maior, a poesia,
a serviço da humanidade: "todos os dias, sempre, enquanto
tivermos cabeça para pensar e coração para sentir", pois que
a poesia é a "tinta da nossa escrita, é o sangue de
ossas almas".

Um sangue tão necessário e tão raramente doado, num ato
que salva vidas e permite a sua continuidade.

Embasada no propósito de fraternidade tão bem delineado por
Arias Manzo no Manifesto de Poetas del Mundo, 
e materializando-o
de forma concreta, é que, na qualidade de Cônsul de Poetas del
Mundo para o estado do Tocantins, venho convocar os Poetas
para uma ação a ser realizada em 25 de novembro próximo,
juntamente com a Hemorrede do Tocantins, em
permanente luta contra a carência de doadores de sangue.

Para tanto, Poetas del Mundo, num gesto de agradecimento, 
ofertará um livro a todos que comparecem a seus postos num
período de seis semanas, em todo o estado.

Porque os Poetas del Mundo também manifestam sua gratidão
a quem, mesmo não sendo poeta, escreve os versos da vida 
com o próprio sangue.

Para tal evento, já dispomos de 425 livros, muitos deles 
através de uma generosa doação do Cônsul de Poetas del 
Mundo para a cidade de Salvador, poeta João Justiniano
da Fonseca.

Mas esse ato de amor será mais abrangente, o que significa
maior eficácia do projeto, se pudermos contar com a doação 
de outros poetas, para que todo o Brasil esteja aqui
representado.

Portanto, convoco a todos para que participem desta ação,
enviando-nos exemplares de suas obras, que levarão uma
etiqueta de agradecimento do nosso Movimento,
O reconhecimento 
nacional será um grande incentivo a que mais pessoas
venham congregar conosco nesse ideal.

Assim, por favor, quem puder disponibilizar algumas 
obras suas, somos profundamente gratos.

Quero frisar, também, que recebendo vários exemplares
de um mesmo autor,
um deles será destinado à biblioteca de uma aldeia indígena 
xerente, que estou organizando. Possuímos seis grandes 
nações indígenas no estado, todas relegadas ao abandono
e com imensa ânsia por livros, pois o maior anseio
dessa população é preparar-se para cursar uma universidade.

E os que conseguem, geralmente retornam às suas aldeias
e são multiplicadores do conhecimento.

"Poeta del Mundo, une-te à essa batalha pela existência do
humana", doa teus versos em forma de sangue. Com isso,
em quantos corações serão acesas chamas de respeito
e amor à vida?

Por favor, colabora.

Envia teus livros para

306 sul – alameda 08 – lote 20

77021-042 Palmas – TO

(a/c Patrícia Neme)


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