terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Poema Laranja

A – l-a-r-a-n-j-a- m-e-c-â-n-i-c-a - d-o- m-u-n-d-o*

 

By Lecy Pereira Sousa

 

Olhando para a cara desse abismo

Será que dá pra ir mais fundo?

Todas as possibilidades não devem caber num I Pod

Dizem que ninguém pode passar do a-e-i-o-u

Dizem que as areias do deserto vão pra onde bem entendem

Sei que os poemas dos amigos viajam de metrô

Dizem que as pessoas têm problema mesmo de interpretar

Dizem que toda sabedoria reside em evacuar

Há um céu na rua França

Outro céu na rua Londres

Há uma feira na rua João César de Oliveira

Pessoas consomem novidades made in Hong Kong

VFC vive dizendo que essa é Contagemtown

Quem disse que aqui árvores são poupadas da sutileza da rosa dos ventos?

Não há uma sinfonia que possa ativar monstruosidades

YAS é veloz em sua máquina de palavras

FJ lastima todas as sinas

DM luta todo dia por uma popoesia

Em inglês GA pode ser God Again

Em Contagem GA pode ser Grande Anônimo

Sechi é a repercussão sonora do verbo secar

José Adão vê meninos olhos d´água no fogo de Deus

A massa vive consumindo sonhos na mistura do concreto desarmado

Enquanto Hollywood acaba de concluir um novo HIT

Segue-se comprimindo a laranja mecânica do mundo

Laranja mecânica do mundo

Laranja mecânica do mundo

m-e-c-â-n-i-ca

m-e-c-a.

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*Poema pouco inspirado no filme "Laranja Mecânica"  (1971)de Stanley Kubrick .

Um comentário:

diovvani mendonça disse...

Eu? um sem rumo
não sou pop
como o Supla
- sumo -
relaxo
e gozo

(sigo o conselho
da mãe do filho)